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Enviada em: 09/02/2019

Desde o iluminismo, consta-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se nota o aumento de DSTs entre jovens brasileiros, na contemporaneidade, é visível  que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não de forma desejada na prática e a problemática persiste profundamente na prática ligada à realidade do país, seja por falta de diálogo com os pais sobre o assunto e especificamente sobre sexo, seja pela banalização do sexo no século XXI. Nesse contexto, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.          É indiscutível que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo  que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, a falta de dialogo entre pais e filhos sobre a temática sexo e DSTs  rompe essa harmonia, visto que esse diálogo ainda é visto como tabu e dessa forma os jovens são pouco instruídos sobre a temática.               Do mesmo modo destaca-se a banalização do sexo como impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotado de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que os jovens consumam do sexo pensando apenas no prazer e sem cogitar em suas consequências negativas, e assim não fazendo o uso de preservativos, e por na maioria das vezes não conhecerem seus parceiros, que é fato muito comum em festas, adquirem DSTs. Esta prática deve ser erradicada da sociedade brasileira.                 É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Consequentemente, o ministério da saúde deve abolir este tema como um tabu inserindo-o cada vez mais na sociedade através de cartilhas, divulgação em mídia, cartazes em festas e assim promovendo a conscientização dos jovens sobre as DSTs e o uso de preservativos para evita-las. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo o Ministério da Educação (MEC) deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos ou médicos, que discutam o combate a DSTs entre jovens, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria de Platão.