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Enviada em: 12/03/2019

A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, prevê a todos o direito à habitação, trabalho digno, segurança e saúde. No Brasil, entretanto, o aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre os jovens, apresenta-se como um desafio a ser enfrentado em nossa sociedade. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas, consequências e possível medida para esse fenômeno.   Inicialmente, podemos destacar o acontecimento histórico ocorrido em 1960, conhecido como "Revolução Sexual", que culminou com a criação dos anticoncepcionais e conseguiu separar o ato sexual da procrição. Infelizmente, no Brasil dos dias atuais, essa liberdade sexual garantida com a inibição total da fecundidade, contribuiu para a alta incidência das DSTs. Dados coletados pelo portal eletronico Uol indicam que, em 2016, 6 em cada 10 jovens fizeram sexo sem preservativos. Tal situação é, portanto, reflexo da displicência e falta de informação, principalmente entre os adolescentes, uma vez que a maioria deles banalizam os efeitos de doenças graves como  Aids e  Sífilis, por se sentirem invulneráveis e isentos de riscos.   Ademais, é importante enfatizar que a maior prevalência das DSTs entre a população de 20 a 29 anos gera consequências sociais e danos à saúde. Como exemplo, podemos citar complicações como esterilidade, gravidez ectópica, parto prematuro, além do aumento nos casos de câncer de colo do útero em mulheres ou no pênis, em homens. Essas alterações geram custos financeiros e reflexos psicológicos, constituindo um problema prioritário de saúde pública, já que a maioria dessas patologias são evitáveis. Dessa forma, é fundamental que seja dada uma maior ênfase ao controle dessas infecções, tendo em vista que tal prática contribui para a diminuição de morbidades relacionadas ao sexo desprotegido.  Para o físico Albert Einstein, "uma pessoa inteligente resolve um problema, um sábio o previne". Destarte, os índices epidemiológicos de doenças sexuais devem, portanto, diminuir entre os jovens. Para isso, é importante que as Casas Legislativas - Câmara dos Deputados e Senado Federal - realizem propostas de leis para posterior sanção do Presidente da República. Essas leis devem determinar que o Ministério da Saúde oriente projetos que promovam a informação de adolescentes em ambientes públicos, centros educacionais e de saúde, por meio de cartazes explicativos e orientações médicas, além de implementação de máquinas de preservativos nas escolas públicas do Ensino Médio e em postos de saúde. Assim, será possível investir em prevenção, interrompendo as cadeias de transmissão dessas infecções.