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Enviada em: 16/02/2019

Na música Ideologia, Cazuza diz:  “O meu tesão, agora é risco de vida”. Essa frase representa um pensamento comum na década de 80, em que foi descoberto o aterrorizante vírus da AIDS. Hoje, mesmo com todo o acesso à informação para prevenção, as DSTs continuam representando um risco de vida, como por exemplo, a supergonorreia que já foi identificada em alguns pacientes e que é resistente a todos os tipos de antibióticos existentes. Visto isso, o crescimento dessas doenças entre os jovens representa uma discussão de suma importância na sociedade e principalmente, entre a nova geração.   Todavia, esse debate, apesar de ser essencial, ainda é um tabu. Alguns pais, ignoram totalmente a possibilidade da existência da sexualidade do filho e não dão a mínima orientação. Além disso, também acontece de quando professores abordam o assunto, mesmo de forma adequada, alguns responsáveis criticam a abordagem. Tudo isso, gera um grau estrondoso de desinformação do adolescente que acaba iniciando sua vida sexual sem nenhum amparo, abrindo inúmeras portas para as doenças sexualmente transmissíveis.   Por conseguinte, essa falta de conhecimento pode ser ainda mais intensificada. Com o advento da internet, a informação é acessível a qualquer um que tenha acesso à rede mundial de computadores, inclusive, os adolescentes. Porém, nem sempre essa é segura e correta, e é facilmente disseminada. Então, sem nenhuma fonte a recorrer, muitos jovens vão procurar informação na internet, que nem sempre vai dar a orientação adequada.   Contudo, essa rede pode eventualmente informar de forma apropriada, mas não se pode deixar a saúde do jovem na mão da internet. É de responsabilidade social, disseminar o conhecimento sobre, por exemplo, a camisinha, que é um dos métodos mais eficazes e acessíveis na prevenção dessas doenças. Da mesma forma, é de extrema relevância dar liberdade a esse público para que haja o diálogo e que ele se sinta seguro a conversar sobre o tema.   Como já discutido, para que esse problema seja atenuado, é essencial a abertura para a comunicação sobre o tema com os responsáveis, até mesmo entre colegas, para quebrar esse tabu e criar um ambiente confortável ao jovem. O ensino sobre uma vida sexual segura também é primordial, nas escolas, em casa e até mesmo na internet, para extinguir a desinformação e substituí-las pela informação de qualidade. Dessa maneira, esse problema de saúde pública e ameaça à vida dos jovens seria abatido com duas das armas mais poderosas existentes: o conhecimento e o diálogo.