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Enviada em: 19/02/2019

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações sociais, econômicas e políticas é característica da "modernidade líquida", vivenciada durante o século XX. Analisando o pensamento do sociólogo polonês, isso se evidencia não apenas pela ineficácia da atuação governamental mas também pelo tabu em se tratando de discussões relacionadas ao sexo.        É incontestável que os aspectos governamentais estejam entre as principais causas do aumento no número de contaminados nos últimos anos. De acordo com o artigo 3 da Constituição brasileira, explana o dever estatal de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantindo o desenvolvimento nacional. No entanto, segundo os últimos dados relacionados a esse aumento, a ação legal encontra-se distante da efetivação, haja vista que as medidas estatais acerca da informação, disponibilização de preservativos e orientação da população vem sendo pouco efetivas, segundo o Ministério da Saúde.        Outrossim, evidencia-se pelos impactos causados pelas dificuldades na abordagem de temas como esse em diversos ambientes como impulsionador do problema. Segundo Michel de Montaigne, a mais honrosa das ocupações é servir ao público e ser útil as pessoas. No entanto, de maneira antagônica ao pensamento do filósofo, a atuação produtiva à sociedade encontra-se distante do país, uma vez que, estatisticamente, como divulgado pela UNAids, o Brasil superou o índice mundial de surgimento de novos casos de soropositivos, apontando para impotência do Estado diante de assuntos ligados à saúde pública.        O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter a contínua progressão dessas estatísticas, posto que a falta de informação da polução sobre a profilaxia de doenças sexualmente transmissíveis garante a resistência do problema. O Estado, portanto, deve promover, por meio do Ministério da Saúde, palestras nas escolas para adolescentes visando a viabilização do aprendizado acerca dos riscos de contaminação oferecidos pelo sexo sem preservativo. Somado a isso, o Poder Público, por meio da mídia, deve alertar e esclarecer sobre os riscos do sexo sem segurança através de vídeos educativos nos intervalos de programas de TV com maior audiência, construindo-se, então uma sociedade fiel aos princípios da Constituição.