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Enviada em: 10/03/2019

No Brasil, o número de casos de DSTs vem se tornando cada vez maiores, principalmente entre os jovens entre 15 e 25 anos, crescendo desenfreadamente nos últimos 5 anos. As DSTs vão muito além da Aids, podem ser também, Gonorreia, HPV (verrugas genitais na região intima feminina), Herpes e a Sífilis. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o número de casos de sífilis, por exemplo, saltaram de 2 000 em 2007, para 18 000 em 2013, tendo um crescimento de 603% em seis anos. Este grotesco aumento pode ser pontuado em diversas causas, mas por exemplo, a impunidade do jovem perante a doença e a sensação de maturidade tão procurada pelos jovens atualmente.  A impunidade dos jovens perante a doença é um fator que choca muitas pessoas de gerações anteriores, já que estes viviam sobre um certo tipo de ditadura das DSTs, um período em que o desconhecido matava e causava horror. Hoje, os casos de morte em relação a essas doenças são relevantes e inferiores se comparados a anos anteriores. Isso se deve ao facilitamento de acesso a exames que acabam diagnosticando as doenças rapidamente e o baixo custo de tratamentos, vinculados ao grande número de casos atacando diversas pessoas nos anos 90, inclusive famosos, as DSTs se tornaram mais conhecidas, ou seja, as doenças antes tão temidas por serem desconhecidas se tornaram ''pacíficas'' e não causaram mais medo nas gerações mais jovens.   Junto a este sentimento de impunidade vem a sensação cada vez mais cobiçada pelos mais jovens que é a de ser adulto. Os jovens, atualmente, vem buscando maneiras de serem reconhecidos como adultos, querendo autonomia e independência. Entre essas maneiras podemos exaltar o consumo de álcool, cigarros, e os atos sexuais, evidenciados em períodos como o carnaval, por ser a época do ano em que ''tudo é permitido''. Os atos sexuais são os mais comuns, no caso, por serem ''mais acessíveis'', ou seja, não necessitarem de comprovantes de maioridade para serem ''adquiridos'', porém muitos fatores fazem com que o ato seja mais arriscado, por exemplo, a ausência de métodos contraceptivos. A ausência destes, principalmente das camisinhas, ocasionam na fácil contaminação dos jovens pelas DSTs, uma pesquisa do IBGE em 2015, feita com alunos de 13 a 15 anos de uma escola, mostra que apenas 66% dos jovens que já se relacionam sexualmente fazem o uso das camisinhas durante o ato.   Portanto, percebe-se que as intervenções já postas em prática pelo governo federal como as campanhas publicitárias para maior conhecimento, a disponibilização de atendimento médico gratuito durante o ano todo e a distribuição de preservativos, não tem sido o suficiente, sendo necessário aprimoramentos, como a disseminação da importância de se prevenir, com aulas de educação sexual nas escolas e maior rigor nestes aspectos, para que o número de jovens afetados pelas DSTs diminua.