A década de noventa ficou marcada pela perda de grandes nomes da música brasileira como Cazuza e Renato Russo, que morreram devido a complicações causadas pela aids. Naquela época foi um choque principalmente para os jovens, que passaram a tomar mais cuidados preventivos com as DSTS. Mas co m o avanço da medicina essa doença ficou tratável, tornando-se banalizada e perdendo-se o medo. Desse modo, abiu-caminho para o avanço da aids e outras DSTs como mostra o Boletim Epidemiológico lançado pelo Ministério da Saúde que relata um aumento de 140% de novos casos anuais nos últimos dez anos em pessoas entre 15 e 19 anos. Todo jovem tem a sensação de ser invencível e inatingível, isso inclui achar que não irá contrair doenças. Segundo Alexandre Barbosa, professor de Infectologia da Unesp, a última geração que começou a vida sexual depois de 2010 tem um modo diferente de encarar as DSTs. A noção de que a aids é uma doença administrável fez com a adesão ao uso de camisinhas diminuísse drasticamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde o preservativo, masculino e feminino, é um dos métodos mais efetivos para prevenir DSTs. Seu uso é fundamental pois além dos casos relatados, mais de 112 mil pessoas, segundo o mesmo boletim Epidemiológico, nao sabem que tem o vírus da aids podendo gerar um transmissão silenciosa em cadeia. Em suma, o jovem brasileiro não está preocupado em se prevenir contra Doenças Sexualmente Transmissíveis. Logo, cabe ao Ministério da Saúde expandir o atendimento para fora dos hospitais, levando os testes para as portas das baladas e nas escolas. Às redes de televisão, promover campanhas instrutivas que informem a disponibilidade de testes, profilaxias pré-exposição e coquetéis antirretrovirais gratuitamente nos postos do SUS. Com algumas ações afirmativas será possível frear o aumento de DSTs principalmente entre o jovens brasileiros.