Materiais:
Enviada em: 26/02/2019

O poeta Girolamo Fracastoro, no século XV, criou um personagem chamado de Syphilis para compor um de seus poemas. Esse, por sua vez, sofreu a irá divina e teve seu corpo coberto por pústulas por todo o corpo. Logo, 500 anos depois, o protagonista teve seu nome batizado em uma doença, conhecida como sífilis. Contudo, essa é apenas um nome para diversas outras infecções sexualmente transmissíveis, as quais ganharam uma repercussão gigante desde o século XX. Pois, cada vez mais pessoas adquirem algum tipo de microrganismo por meio de uma relação sexual, no Brasil e no mundo.       Em primeiro lugar, vale ressaltar, que de acordo com o Ministério da Saúde (MS), desde 2016, o termo Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) caiu em desuso, sendo substituído por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Ademais, a alteração da nomenclatura não altera em nada a forma como deve ocorrer a prevenção, que tem como arma principal o uso de preservativos. Nesse sentido, no Brasil, principalmente na época do carnaval, a preocupação e as campanhas para evitar sexo sem proteção são redobradas, e a faixa de risco que ocorrem os maiores casos são jovens. Porém, não é efetivo, e há um aumento dos casos de sífilis, HIV, clamídia e hepatites, como aponta o MS.        No mesmo ponto de vista, jovens são influenciados por fatores midiáticos e por processo biológico, como o auge de hormônios sexuais. O filme "Kids", de 1995, retrata a vida de adolescentes, os quais estão descobrindo os prazeres sexuais - muitas vezes sem proteção - e como lidam o o auge do HIV, nos Estados Unidos. Ainda, no mesmo contexto, no Brasil não é diferente, um dos motivos é a falta de informação sobre os perigos e excesso de estímulos externos. Uma vez que, há uma disponibilidade por parte do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, de preservativos e testes para o diagnóstico de qualquer tipo de ISTs, além do tratamento.        É evidente, portanto, que há necessidade de uma ação entre as Secretarias de Saúde municipais em conjunto com funcionários públicos voltados à área da saúde. Essa atuação, consequentemente, se dará uma vez por mês, por meio de palestras, em instituições de ensino (maior concentração de jovens) públicas e privadas. Além disso, para corroborar, eventos semestrais serão ministrados por profissionais da saúde, com a finalidade de reunir a comunidade local para dialogar e tirar dúvidas dos pais do grupo de risco, preconizado pelo MS. Após, com mudanças claras na forma em como é repassada as informações e a maior proximidade entre o público alvo e conhecedores do conhecimento. Por fim, o recorte que ocorreu no filme "Kids" não seja repetido cada vez mais por jovens brasileiros, e longe do personagem Syphilis.