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Enviada em: 04/03/2019

O aumento de doenças sexualmente transmissíveis tem causado grande preocupação na sociedade brasileira. Dados da Secretaria de Saúde registram vinte e nove mil casos novos de algumas DSTs dentro de cinco anos. Entretanto, isso se torna contraditório ao passo que, o acesso à informação é abundante no meio midiático, espaço aonde o jovem está diariamente inserido.       Com os avanços medicinais, as mortes por DSTs diminuíram, contudo os tratamentos apenas prolongam a estimativa de vida, somando-se os efeitos colaterais e os distúrbios hormonais. Logo, a morte de pessoas, principalmente as mais célebres que causam mais espanto, dando notabilidade às doenças, foram menos noticiadas. Por conseguinte, as pessoas voltam a relativizar o combate, inchando os registros de novos casos.       Como visto anteriormente, do modo que a mídia se posiciona sobre isso, há destaque para a precaução dessas doenças. Assim, Cazuza, cantor e poeta brasileiro, ao revelar publicamente o diagnóstico da AIDS (motivo de sua morte), em 1989, adverte aos  jovens que se tivesse  recorrido aos médicos logo que diagnosticado, teria muito mais sucesso no tratamento, disse também que expor sua doença lhe traumatizava menos.       Como o ocorrido com Cazuza antes de procurar atendimento médico, o impasse está no tabu da sociedade diante ao tema. Há uma ampla repercussão de conteúdos com viés de entretenimento sobre o ato sexual, todavia não há um viés educacional, tendo como consequência direta o compartilhamento de discursos fantasiosos sobre as doenças e seus métodos de combate.       Pela falta de informações, a população mais jovem banaliza esses males e, como consequência, os casos voltam a crescer. Haja vista que os preservativos são distribuídos de forma ampla e gratuita, fica claro que há uma deficiência nas campanhas de conscientização através das próprias instituições de  ensino. Em virtude dos fatos mencionados, faz-se de urgência que agentes como do Ministério da Educação,  juntamente com o Ministério da Saúde, promovam aulas de orientação sexual no intuito de instruir e advertir os alunos, o próprio público alvo, os riscos e as formas de combate de tais doenças sexualmente transmissíveis.