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Enviada em: 10/03/2019

No ano de 1495, o rei francês, Carlos I invadiu o reino de Nápoles reivindicando o trono. O monarca já era tido como vitorioso por possuir um exército muito superior, contudo os soldados franceses foram contaminados pelo surto de uma doença, a sífilis, doença transmitida sexualmente. Por muito tempo, não sabia-se muito sobre a enfermidade e por isso a mesma levou muitas pessoas como o papa Alexandre VI. Até que, em 1905 descobriu-se a bactéria causadora da disfunção e no ano de 1943, chegou-se a uma cura. A situação enfrentada anteriormente no século XV não se assemelha com a realidade do jovem brasileiro, pois este tem conhecimentos muito superiores ao da França medieval, uma vez que, conhece as causas das patologias venéreas, assim como, sabe evitá-las. Contudo, é perceptível que o aumento das DSTs entre os adolescentes desse país está relacionada a banalização do sexo seguro.    A sociedade atual tem como característica principal o desinteresse geral, e esse é principal motivo, que causou a volta dos problemas infecciosos, entre a juventude. Definida pelo filósofo polonês, Zygmunt Bauman como comunidade da atenção líquida - o interesse das pessoas funciona como um líquido, não dura muito em um mesmo local -, a coletividade moderna torna trivial assuntos como as DSTs, e desse modo, não se preocupa em utilizar métodos para proteger-se. Este receio cada vez menor traz à tona um leque de doenças, antes controladas, colocando em risco o corpo social.   Além disso, outro aspecto que contribui para a mediocrização do resguardo sexual é falta de apoio dos pais para com os filhos, em relação a este assunto. Esta separação entre progenitores e suas crias é evidente, desde o início do processo de individualização do homem ocorrido no Renascimento, o qual gera hoje, um cisma para falar deste tema. O medo e a vergonha do grupo anterior ( geração y ) para falar com esta nova turma ( geração z ) permitiu que esses jovens se desprendessem e buscassem em mecanismos como a pornografia respostas para suas perguntas. Esses produtos trouxeram resultados, entre eles está o não uso do preservativo (muitas vezes ignorados no conteúdo abordado pelos jovens ) e assim, a sociedade enfrenta um novo problema, lidar com o aumento das DSTs com a juventude. Desse modo,  com o intuito de proteger os futuros adultos dessa nação, o governo estadual, a partir da secretária de educação, deve financiar e promover semanalmente aulas entre os alunos do ensino médio com psicólogos especializados, pois desse modo, os jovens poderão entender melhor sobre a educação sexual, e assim, compreender o porquê não deve-se banalizar a proteção sexual.