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Enviada em: 10/03/2019

Antigamente, falar e se informar sobre sexo era considerado um tabu, fato que mudou muito na contemporaneidade. Porém, grande parte da população não tem acesso à informação sobre como utilizar métodos contraceptivos, que podem evitar uma gravidez indesejada e, no caso dos preservativos, a contração de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Segundo o cálculo feito pelo Ministério da Saúde em 2009, em torno de 10 milhões de brasileiros já apresentaram sintomas de DSTs, número facilmente compreendido através da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (2013), que calculou que 60% dos jovens de 15 a 24 anos havia feito sexo sem preservativos no último ano. Assim, é fato que o problema do aumento das DSTs entre jovens está na falta de informação e ele precisa ser combatido.       Grande parte da população acha que só são transmitidas doenças através da relação sexual vaginal e isso é um enorme problema. Em 2017, Pabllo Vittar apareceu em um de seus vídeo clipes com uma embalagem de preservativos, fato que causou grande rebuliço entre os internautas, que questionaram o fato da cantora utilizar método contraceptivos apesar de não engravidar. O que muitos não sabiam é que o contraceptivo de barreira é o único capaz de deter a transmissão de enfermidades, que podem ser transmitidas através do sexo anal, vaginal e oral. Tal acontecimento serve para demonstrar a falta de informação da população.       Com o avanço da medicina, a população doente deixou de morrer em decorrência de doenças sexualmente transmissíveis, fazendo os jovens deixarem de temer o contágio. Os adolescentes dos dias de hoje não viram seus ídolos morrerem de AIDS, diferentemente de seus pais e avós, que viram Cazuza ir à óbito. Dessa forma, a doença não é temida por eles e, como se não bastasse, sendo a pesquisa citada anteriormente (PCAP), 21,6% dos jovens acredita que haja cura para a Aids. Além disso, 74,8% nunca fez o teste de HIV na vida, ou seja, podem estar doentes e transmitindo a doença sem saberem. Portanto, o alerta sobre as DSTs deve ocorrer principalmente entre os jovens, que possuem muitas informações errôneas sobre o assunto.       Assim, é fato que medidas devem ser tomadas. Portanto, cabe ao Ministério da Educação a inserção da disciplina de educação sexual em todas as escolas do país. Tais aulas deverão falar tanto sobre as doenças sexualmente transmissíveis, quanto sobre a forma de prevenção e a informação sobre a distribuição gratuita de preservativos nos postos de saúde. Com essas informações, os jovens serão capazes de se protegerem contra as enfermidades, o que diminuirá o número e o aumento de jovens contaminados.