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Enviada em: 10/03/2019

Negligência jovem em relação às DSTs  Na atual era marcada pelo progresso científico e tecnológico, os avanços na medicina viabilizaram o surgimento de diversos métodos contraceptivos e preventivos. No entanto, fatores como a falta de informação e a banalização do assunto acarretam a ressurgência das doenças sexualmente transmissíveis como um problema alarmante que assola o Brasil.     Ao  buscar por uma causa que explique o aumento das DSTs, encontra-se, em uma primeira análise, a perda do medo pelas gerações mais jovens. O desenvolvimento de medicamentos para tais doenças, como no caso dos coquetéis que tratam o HIV, transmite a sensação errônea de segurança. Desse modo, as doenças venéreas são trivializadas e o uso de procedimentos preventivos é abandonado. Dados apresentados pelo Ministério da Saúde comprovam tal tese: mais de 95% da população tem consciência de que os preservativos são o método mais eficaz na proteção contra DSTs, em contrapartida, 60% dos brasileiros nunca ou raramente fazem o uso dos mesmos.   A falta de informação é vista como outro agente que impulsiona a irresponsabilidade do jovem brasileiro quanto à prevenção. Não somente do desinteresse individual surge essa carência, mas também da estigmatização social da sexualidade. A educação sexual que deveria instruir os jovens se torna precária e o assunto pouco discutido.    A ignorância também se espalha por entre os meios midiáticos, que dificilmente abordam a prevenção de DSTs. A propaganda, bem como a distribuição de preservativos no Brasil, só foi autorizada em 1979. Como reflexo direto dessa liberação tardia, poucas são as propagandas que informam estimulam a segurança, sendo estas somente presentes em temporadas como o carnaval.   Tendo em vista a gravidade do problema, são urgidas mudanças governamentais e comportamentais. Cabe ao Ministério da Educação a implantação de projetos relacionados à educação sexual dos jovens, como a promoção de palestras e seminários, visando a difusão de informações acerca das doenças venéreas e prevenção quanto as mesmas. Somente assim será possível estimular uma mudança comportamental nas gerações futuras e garantir a diminuição da incidência de DSTs.