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Enviada em: 11/03/2019

Nos últimos anos, os casos de DST's vêm diminuindo em grande parte do globo, porém esta parece ser uma tendência contrária ao que vem ocorrendo no Brasil. Segundo dados da Secretaria de Saúde, a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis aumentou muito de 2012 para 2017, tendo havido 29 mil casos novos registrados entre jovens de 20 a 29 anos; esta estatística demonstra que a juventude atual começou a banalizar os efeitos colaterais das doenças, perdendo o medo por elas e, por conseguinte, se protegendo menos.  Apesar dos esforços governamentais para tentar conter a propagação de DST's (por meio de propagandas publicitárias, distribuição de preservativos e atendimento médico gratuito), os jovens aparentam menosprezar estas iniciativas, já que, conforme dados de uma entrevista do site UOL, 43,4% dos jovens não utilizaram preservativos durante o sexo casual, 74,8% nunca fez o teste de HIV e 21,6% acredita que há cura para a AIDS. Tais números mostram a ignorância da juventude brasileira frente a assuntos de sexologia, sendo um forte indício do porquê houve um aumento em casos de DST's.   Tendo em vista que houve um crescimento na incidência de doenças como AIDS e sífilis, torna-se de mister importância a discussão a respeito das consequências deste fator. Como a juventude tende a ser  mais infectada por estas enfermidades, há uma fragilização na saúde do povo e, sobretudo, sequelas aos infectados, sendo elas a necessidade de tratamento e profilaxia (à exceção da AIDS, cuja cura é desconhecida) e a morte precoce dos indivíduos.   Ademais, essa crescente nos registros de DST's indicia um fenômeno que vem ocorrendo na modernidade: a descrença na ciência, uma vez que houve a banalização dos efeitos colaterais destas enfermidades, a volta das teorias terraplanistas e o repúdio à vacinação. Embora distintos, todos os fatos citados revelam um descrédito científico frente às massas, o que é estranho, se o avanço da ciência for levado em conta.   Como dito anteriormente, o aumento dos casos de doenças sexualmente transmissíveis acarreta em problemas de saúde às vítimas, além do que a matriz do crescimento se deve à perda do medo em relação às consequências das DST's e à falta de consciência da população em assuntos da sexologia (confirmado pelo fato de 21,6% dos entrevistados pela UOL afirmarem haver cura para a AIDS); sendo assim, o governo federal deve, por meio do Ministério da Educação, instituir aulas de sexologia nas escolas (abrangendo tanto o sistema público quanto o privado) e torná-las obrigatórias. Desta forma, deverá haver uma conscientização maior entre os jovens, sendo-lhes ensinadas as complicações derivadas da contração dessas enfermidades bem como sua profilaxia.