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Enviada em: 10/03/2019

Conhecidos no Brasil e no mundo durante as décadas de 1980 e 1990, os cantores Cazuza e Freddie Mercury compartilhavam algo em comum além da música: ambos eram portadores do vírus HIV. Por serem soropositivos, os dois viraram símbolos da luta contra a doença, inspirando a juventude a se preservarem. Atualmente, o número de jovens infectados por DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis)  tem se verticalizado, seja pela falta de campanhas eficientes de conscientização, seja pela perda do medo de contrair AIDS, Sífilis ou outras doenças venéreas. Diante desse cenário, uma questão se faz presente: como combater o aumento das DSTs entre os jovens do Brasil?        Segundo a organização UNAIDS, o Brasil figura, atualmente, entre os primeiros lugares no ranking dos países que apresentam novos casos de AIDS e outras DSTs. Ainda de acordo com a organização, o aumento do número de jovens acometidos por doenças sexuais é um reflexo direto da queda de campanhas eficientes de preservação e estímulo à prática de sexo seguro. Atualmente as campanhas, quando existentes, são realizadas tradicionalmente na TV. No entanto, para atingir os jovens do século XXI, as propagandas devem incluir, também, as novas mídias sociais, como, por exemplo, a internet.       Como se não bastasse a falha governamental em difundir esclarecimentos, os pais sentem dificuldades na hora de tratar o tema com os filhos. Isso, aliado à eficiência dos coquetéis antivirais, faz com que os adolescentes tenham a ideia errada de que a AIDS é um problema já superado e que os infectados por DSTs podem levar uma vida longa e sem o temor dos males que as doenças provocam.       Fica clara, portanto, a urgência em combater esse mau. O governo precisa, em parceria com os Ministérios da Saúde e o das Telecomunicações, realizar parcerias público-privada, disponibilizando anúncios de prevenção nas novas mídias, como, por exemplo, no menu inicial da Netflix e no YouTube. Essa medida tornaria o assunto corriqueiro e presente nos lares. Segundo Pitágoras, educar as crianças hoje evita corrigir a sociedade que está por vir. Nessa visão, o Ministério da Educação (MEC) deve proporcionar palestras nas escolas para temas de saúde sexual, abrindo espaço para que os pais acompanhem os infantes e adolescentes durantes as discussões. Essa união de pais, alunos e escola torna o tema menos incômodo e mais fácil de ser debatido, além de dar a sensação de que o assunto é sério e que precisa ser abordado desde a infância, e repassado de geração para geração.