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Enviada em: 27/02/2019

Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte em 1988, a Constituição brasileira vigente define, em seu artigo 3º, como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, a promoção do bem de todos. Entretanto, o aumento de jovens infectados por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), nos últimos anos, vem se tornando um desafio para a efetiva construção dessa realidade. Nesse contexto, é evidente que fatores como o constrangimento e o desconhecimento de algumas informações associados a esse tema favoreçam sua atual situação.       Em primeiro plano, vale destacar que, assuntos relacionados à sexo, muitas vezes, são vistos como tabu pela sociedade e causam constrangimento, sobretudo, em jovens que nunca tiveram contato com o tema. Nesse cenário, o ensino público é de grande importância para alertar os jovens sobre as DSTs. Entretanto, o que ocorre é o contrário, visto que, não há muitos debates ou outras formas de diálogo sobre esse assunto, no ambiente em que esses indivíduos estão inseridos, e quando há, se restringem à matéria de biologia, que trata o tema de forma expositiva e não com caráter conscientizador.        Atrelado a isso e a inefetividade de difusão de informações sobre o assunto, sobretudo, por parte do governo, o indivíduo permanece na leigalidade: de acordo com pesquisas realizadas pela empresa de comunicação UOL, um quinto da população brasileira acredita ter cura para a AIDS. Dessa forma, como consequência, há o aumento da desproteção, já que os riscos não são, de fato, conhecidos. À vista disso, em confirmação, explica o ginecologista Geraldo Duarte que "o motivo da transmissão das DSTs se deve a falta de conscientização".       Em vista dos fatos elencados, há múltiplos fatores que contribuem para a atual situação dos jovens brasileiros. Como solução, são necessárias ações em vários planos, a começar pelo governamental, que, por meio do Ministério da Educação, torne como requisito obrigatório ao ensino médio, na disciplina de biologia, "os riscos do sexo desprotegido", além de promover discussões por meio de palestras em escolas e universidades. Ademais, a mídia, com incentivo do governo, deve promover campanhas, na internet e nos rádios, que incentive os cuidados à saúde sexual. A partir da implantação dessas medidas, o Brasil poderá conferir, de maneira eficaz, o proposto pela Constituição.