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Enviada em: 08/03/2019

Em uma entrevista feita por Mariana Varella ao infectologista Ricardo Vasconcelos, era nítida a preocupação com o crescimento de infectados por doenças transmitidas pelo sexo. Essa incidência sofreu aumento nos últimos anos por maus hábitos, como o não uso de preservativos e o descuido com os sexos anal e bucal. Entretanto, a desordem provocada no organismo que contrai a doença é vasta e preocupante, uma vez que essas patologias afetam o sistema imunológico, podem provocar abortos, transtornos físicos, psíquicos e o desencadeamento de outras doenças.        Desregular o equilíbrio biológico é comum às patologias, porém indesejado pelos profissionais da saúde. Isso porque o conhecimento acerca dos problemas provenientes alertam a necessidade de prevenção, mas com a preocupação e as profilaxias se tornando cada vez menos comuns entre os casais em atividade sexual ativa os problemas são cada vez maiores. Aí, encontra-se a problemática à epidemia de HIV, Sífilis e gonorreia no Brasil. Ainda, os tabus criados antigamente fazem com que as consultas ginecológicas e urológicas atribuam o papel de constrangimento e restrição aos casais de união estável. Junto a esse fator, segue o desconhecimento das novas formas de prevenção, como a Profilaxia Pré-Exposição (PREP) e a Profilaxia Pós Exposição (PEP) - disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como divulgado no site da Fiocruz-, distanciando uma solução rápida e precaussiva.       Em consequência, a ausência comunicativa entre profissionais e praticantes não aumenta apenas o percentual de doenças entre a população, mas também a dificuldade em tratar com rapidez, eficiência e evitar que haja disseminação. Com isso, novos casos de óbitos e complicações na gravidez e vitalidade são constantes nas unidades de saúde de todo o país. Mencionando ainda que após descobrir a presença de uma enfermidade no corpo, é esperado que surja sentimentos de condenação, preocupação e exclusão social pela vergonha gerada interiormente.       De tal modo, solucionar o crescimento indesejado de doentes permitirá ao povo melhores condições de viver. Para isso é preciso que o Ministério da Saúde formule, como estratégia de atração, campanhas que divulguem os novos métodos de precaução e a importância da realização de exames comprobatórios da presença ou não de distúrbios, além de acompanhamento regular. Essa ação deve ser feita com apoio midiático e oratório nas grandes emissoras e nas UBS, respectivamente. Com isso, crescerá a demanda de tratamento e diminuirá os infectados por vírus através do ato sexual. Junto a essa atitude, cabe aos pais, amigos e médicos a instrução adequada e a desmistificação de culpa pela prática.