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Enviada em: 25/05/2019

No Brasil, intensificam-se as discussões acerca pra presença de DSTs entre os jovens brasileiros. Embora existam políticas públicas de combate à tal realidade, os números de casos são crescentes, o que constitui uma grave problemática. Essa situação está associada à despreocupação dos jovens em se prevenirem e à falta de instrução e conscientização dada a esses pela escola e pela família.      Certamente, o principal motivo do uso de camisinha no século passado era evitar a gravidez indesejada. Atualmente, com o avanço de métodos contraceptivos alternativos como o DIU  e as pílulas anticoncepcionais, a juventude tem dispensado o uso da camisinha, ignorando o fato de ainda estare exposta à transmissão de doenças sexuais. Infelizmente, essa é a principal causa do lamentável aumento de sífilis, gonorreia, e infecções por HPV e HIV. Soma-se a isso a persistência de pensamentos imaturos e irresponsáveis entre os indivíduos, tais como: "isso é muito raro" ou "isso nunca vai acontecer comigo". De fato, dados do Ministério da Saúde comprovam a erroneidade de tais concepções ao divulgar que, somente entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32%. Assim, como afirmou sabiamente a infectologista Tânia Vergara "Quando o assunto é DST, prevenção é sinônimo de preservativo."      Além disso, a negligência por parte das escolas e dos próprios pais colaboram com a problemática a partir de dois fatores. Primeiro tem-se a carência de profissionais especializados nas escolas  para instruir os indivíduos não somente na prevenção, mas também na detecção de sintomas e na busca por diagnóstico, o que é igualmente importante e reduziria drasticamente as transmissões. Ademais, o descaso dos pais no diálogo com seus filhos no início da vida sexual desses, seja pela falta de interesse ou pelo irracional ''medo'' de tocar no assunto também contribui com o triste evento. Ao afirmar que ''o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele'' o filósofo Kant permite que se relacione esse despreparo socioeducativo com a incidência dessas doenças, na medida em que a falta de diálogo não faz com que os jovens tomem medidas racionais ou evitem o sexo, mas desenvolve indivíduos irresponsáveis imaturos e inconsequentes.      Desse modo, é fundamente que os Ministérios da Saúde Educação destinem verbas para a  criação de programas permanentes nas escolas, disponibilizando profissionais capacitados em conhecimentos de psicopedagogia sexual que atendam e instruam os jovens, assim como também haja a realização de palestras frequentes, objetivando a conscientização e a prevenção dos indivíduos. Por fim, é fundamental que o Governo, com o apoio das mídia digitais, ultrapasse preconceitos infundados e estimule o diálogo sobre o assunto entre pais e filhos, por meio de campanhas e divulgação publicitária.