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Enviada em: 20/08/2019

Segundo a OMS, em 2016, houve mais de 376 milhões de novas infecções de DSTs, isto é, doenças sexualmente transmissíveis. Esse quadro alarmante denota uma surpreendente realidade, uma vez que, apesar dos avanços na ciência preventiva, essas patologias no Brasil têm aumentado em estatística, como no mundo. Devido à banalização do sexo protegido e à falta de diálogo com a família, o aumento dos casos faz-se comum. Urgem, então, ações que auxiliem na redução das ocorrências. Nesse sentido, o número de afetados é ocasionado por causa da negligência aos cuidados demandados ao ter-se uma vida sexual. A partir de 1880, quando a camisinha de látex foi criada, a proteção adquiriu uma popularidade por ser um método contraceptivo acessível. No entanto, ao surgir o anticoncepcional, ela caiu em desuso em função da aparição de utensílios tão eficazes quanto e mais prazerosos durante o ato carnal. Diante disso, à medida que um casal detém uma intimidade, a importância converge na prevenção à gravidez indesejada, ignorando os benefícios à precaução a enfermidades. Esta postura declara o desleixo com si próprio e o parceiro, a displicência quanto aos  dados sobre os perigos de mazelas dessa natureza e a exposição irresponsável a outros problemas. Ademais, a omissão do núcleo familiar relacionada à educação sexual provoca a irresponsabilidade na administração de instrumentos preventivos e o desconhecimento da seriedade dos casos patológicos. Consoante o Peter Berger, a interiorização do indivíduo na sociedade dá-se em dois processos, a socialização primária e secundária, nos quais o primeiro é feito pela família ao apresentar os aspectos da realidade objetiva e as diretrizes para a vivência responsável meio à população. Dessa forma, à medida que essa instituição inerente à formação individual é indiligente quanto à elucidação dos encargos com a saúde sexual, como os mecanismos para o próprio zelo, a honestidade com os parceiros e a importância da consulta médica, o cidadão não exprime posturas prudentes e, por conseguinte, contribui para a continuidade dos índices alarmantes. Infere-se, portanto, a premência de medidas para a supressão do quadro das DSTs no Brasil. Ao indivíduo, delega-se a diligência ligada às cautelas de uma vida sexualmente ativa, por meio do comparecimento frequente a consultas médicas especializadas, como ginecologistas e urologistas, em busca de informação sobre métodos preventivos, a fim de estimular atitudes sensatas e de não expor os praticantes ao risco de contaminação. À família, cabe o diálogo elucidativo entre o conjunto, por meio da exposição de experiências e do esclarecimento de dúvidas, com o fito de construir um ambiente confiável e de formar pessoas conscientes. Assim, o cenário preocupante mostrado pelos dados estatísticos da OMS será minimizado.