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Enviada em: 12/03/2019

Durante a década de 80, o Brasil vivenciou o auge da síndrome de imunodeficiência adquirida - Aids- e a falta de conhecimento trouxe medo à população. Na contemporaneidade, no entanto, existe um paradoxo. Apesar das informações serem facilmente circuladas, há  uma conduta sexual pouco segura adotada por muitos jovens, resultando no aumento dos casos de doenças sexualmente transmissíveis. Isso se evidencia não só pela banalização das doenças como as campanhas limitadas.                        Inicialmente, um entrave é a falsa ideia de que as doenças são inferiores  frente ao avanço da ciência. De fato, tal atitude, herdada desde o contexto do renascimento, do século XVI, em que se defende a supervalorização do homem e a confiança no avanço cientifico, contribui com o descuido na proteção sexual. Um exemplo disso foi a pesquisa realizada pelo Uol, em 2016, em que 26% dos jovens acreditavam que a Aids era curável por medicação.  Nessa situação, é possível, que futuramente epidemias de Dsts possam assolar o país.                       Outro desafio enfrentado é a limitação das campanhas governamentais. De acordo com o artigo 196 da Constituição, a saúde é direito  de todos e dever do Estado, entretanto é preciso acompanhar a evolução da sociedade.  Com o avanço das discussões sobre sexo e sexualidade, a juventude de hoje não é a mesma da década de 80 e as campanhas informativas não devem ficar restritas, então,  apenas em datas especiais como no carnaval.                      Destarte, para que a juventude compreende a real importância da proteção relacionada às práticas sexuais, as campanhas midiáticas devem ser intensificadas e apropriadas de uma linguagem específica para o público em questão. O Ministério da Saúde - em parceria com formadores de opiniões digitais - devem expor  nas redes sociais , visto que são os meios mais utilizados pela juventude, informações sobre as doenças e os riscos para a saúde pública a fim de propor uma orientação sexual mais próxima da realidade.