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Enviada em: 16/03/2019

No filme brasileiro "Depois daquela viagem" a autora faz uma auto-biografia relatando suas experiências vividas durante a juventude, em meados da década de 1980. Em um período de poucas informações médicas a respeito de DST's, a personagem do filme é acometida, aos 16 anos, pelo vírus HIV. Devido ao preconceito relacionado a doença naquela época, a garota se sente insegura em contar aos amigos e aos familiares sobre a enfermidade. Na contemporaneidade, mesmo com o grande acesso a informação, diferente dos anos vivenciados pela personagem, o número de jovens infectados ainda está aumentando. Convém ressaltar, a princípio, que na atual era da informação, na qual a parcela da sociedade mais propícia a obter o conhecimento é a juventude, a informatividade necessária a ser obtida está sendo negligenciada. No Brasil, segundo dados do IBGE  de 2016, cerca de 30% dos domicílios não têm acesso a internet. Dessa maneira, além dos jovens que não acompanham informações pertinentes á saúde pública, temos uma porcentagem da sociedade que se encontra muito mais desinformada. Logo, a desinformação, muitas vezes, somada a falta de interesse e a irresponsabilidade dos adolescentes, coloca a saúde deles em risco ao se relacionarem sexualmente sem preservativos, como foi a situação vivida pela menina do filme citado anteriormente. Outrossim, vale salientar que a banalização com que está sendo tratada a utilização dos métodos de proteção pelos jovens os fazem ficar à margem das doenças sexualmente transmissíveis. Isso ocorre devido a ineficiência do Estado em promover campanhas sobre sexualidade de qualidade e a dificuldade que as famílias encontram quanto a educação sexual. Assim, fica comprovado por dados do site UOL o motivo pelo qual cerca de 60% da juventude não usam preservativos durante as relações sexuais. Desse modo, além do impacto na saúde física que as DST's podem ocasionar, o preconceito frente a esses tipos de doenças causam problemas psicológicos ainda maiores nos adolescentes. Portanto, é imprescindível que os jovens sejam alcançados por informações pertinentes à saúde sexual. É dever do Ministério da Saúde promover campanhas midiáticas mais engajadas a respeito das DST's e seus efeitos na vida das pessoas, usando uma linguagem e um meio de comunicação próprios os quais atinjam a população jovem, para que esses possam ser informados do risco que estão propensos. Ademais, cade ao Ministério da Educação, atrelado as escolas, incluir no plano de estudo da disciplina de Biologia a educação sexual para que os alunos ao saírem das escolas não fiquem à margem das doenças sexuais.