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Enviada em: 18/03/2019

Nos anos 1980, as DSTS, ou doenças sexualmente transmissíveis, aterrorizavam o mundo, já que eram uma epidemia. Todavia, foram descobertos métodos para que o soro positivo vivesse normalmente, através de remédios e coquetéis. Com isso, o terror dos anos 1980 dissolveu-se em falta de medo e descuido. Devido a essa banalização da prevenção e à trivialização dos modos de tratamento há o aumento dos casos de DSTS, principalmente entre os jovens de 15 a 24 anos. Aliado a isso, a mídia anacrônica e conservadora não consegue atingir os jovens sobre a importancia dos preservativos que, consequentemente, influencia na redução do uso da camisinha.       De acordo com Adele Benzaken, diretora do Departamento de HIV/Aids, “No início da epidemia de Aids, ao se descobrir um soro positivo, você praticamente anunciava a morte... mas 39 anos depois esse medo se esfarelou”. Tanto é que muitos famosos soro positivos morreram, como Renato Russo, porém, com a redução de mortes relacionadas às DSTS o possível controle dela causou a banalização da prevenção e a irrelevância quanto a ela. Como mostra a pesquisa do Departamento de Saúde (AIDS e Hepatites virais), em 2017, “entre jovens, apenas 56,6% usam camisinha com parceiros eventuais”, o uso de camisinha reduziu-se, culminando no aumento de 700% do número de casos de HIV ( Vírus da Imunodeficiência Humana), entre jovens de 15 a 24 anos, segundo pesquisas da “O Globo”, entre 2007 e 2017.      A frivolidade quanto aos modos de tratamento induz ao não uso de preservativos, dado que a mentalidade das pessoas é a de mais medo por engravidar do que contrair AIDS, por conta das condições próprias para viver com DSTS. Contudo, há um grande desinformação, tanto é que 21,6% acham que existe cura para AIDS, segundo pesquisas da UOL. Além de outros métodos não serem conhecidos, como as profilaxias pré ou pós exposição, os antirretrovirais, muito utilizados em países menos conservadores, onde a mídia consegue informar o público juvenil sobre a epidemia de doenças sexualmente transmissíveis e suas profilaxias, com publicidade mais comunicativa e criativa do que simplesmente o apelo: “use camisinha”.      Logo, enquanto as doenças e os tratamento estiverem banalizados, o número de jovens com DSTS apenas aumentará. Para tanto, é mister que a mídia retrógrada mude as campanhas de profilaxia e seja criativa, através de uma linguagem que enfoque diretamente a juventude, visando ser mais informativa do que impositiva. As campanhas devem ser substituídas por canais de maior acesso, como exemplo Facebook ou até Tinder, visto que os canais de TV abertos não são muito acessados por esse público-alvo.