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Enviada em: 23/03/2019

Aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte em 1988, a Constituição brasileira vigente define, em seu artigo 3°, como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, a promoção do bem de todos. Entretanto, o aumento de jovens infectados por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), nos últimos anos, vem se tornando um desafio para a efetiva construção dessa realidade. Nesse contexto, a dificuldade das famílias em conscientizar os jovens quanto à educação sexual atrelado à ineficácia do Estado favorecem a atual situação do jovem brasileiro.       Em primeiro plano, vale destacar que apesar de vivermos em uma era caracterizada pela facilidade de acesso à informação, ainda há uma parcela da população jovem que não possui o conhecimento básico sobre sexo ou sexualidade. Isso se deve, sobretudo, ao tabu social gerado em torno desse tema que impossibilita o diálogo da família, os quais se sentem envergonhados e constrangidos, com o jovem. Consequentemente, o jovem permanece na ignorância perpetuando assim, suas dúvidas e os frequentes mitos a respeito do assunto.    Ademais, o Estado é ineficaz em relação à campanhas que conscientizem sobre as DSTs e promovam o sexo seguro. Muitas dessas campanhas não atinge o público jovem além de se limitarem ao período do carnaval. Desse modo, configura-se a banalização dos métodos de proteção visto que, os jovens não veem as consequências de não se protegerem durante a relação sexual. Assim, o número de infectados aumenta gerando um maior gasto para o governo já que, esses indivíduos dependerão do sistema de saúde por um longo prazo.    Portanto, se faz necessário que o Ministério da Saúde, órgão responsável pela assistência e promoção à saúde da população brasileira, juntamente com a mídia proporcionem campanhas voltadas para o público jovem em canais de comunicação como redes sociais, que são as mais usadas pelos indivíduos em questão, não se limitando ao período do carnaval. Além disso, o Ministério da Educação deve incluir aulas de educação sexual na grade curricular escolar por meio das matérias de biologia, sociologia ou geografia. A partir da implantação dessas medidas, o Brasil poderá conferir, de maneira eficaz, o proposto pela Constituição.