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Enviada em: 10/04/2019

Vive-se no auge da medicina, o que teoricamente deveria representar uma melhora na qualidade de vida  da população em detrimento da  redução dos impactos das doenças. Na prática, entretanto, a evolução dos procedimentos médicos não se mostra suficiente na contenção das doenças, especialmente as sexualmente transmissíveis -DSTs- , que manifestam-se crescentes, alcançando principalmente os jovens, que aparentemente preocupam-se mais com os riscos de uma gravidez precoce que com os outros  riscos advindos do ato sexual desprotegido, como as DSTs. Por isso, vale a reflexão sobre essa questão brasileira.       A princípio, destaca-se, dentre as causas do aumento de DSTs, a escassez de preocupação dos jovens com as doenças transmitidas por via sexual. Pode-se compreender tal realidade, desse modo,  por meio do Fato Social, conceito de Émile Durkheim, que entende a conduta humana a partir da própria sociedade. Nesse sentido, as pressões sociais, produto da valorização do estilo de vida utilitarista- o ser precisa ser útil-, exigem do jovem produtividade, fazendo-lhe acreditar que o sucesso profissional e a felicidade são sinônimos, o que justifica sua maior preocupação com uma gravidez precoce, que certamente dificultaria seus planos futuros, que com uma DST, que pode ser, a seu ver, remediada, por exemplo.       Vale salientar, em uma segunda análise, que o aumento de DSTs tende a reverberar  efeitos negativos tanto ao individuo contaminado, que perde em qualidade de vida, quanto ao sistema de saúde, que perde em eficiência, pois certamente terá que investir recursos cada vez maiores no tratamento de infectados, já que muitas das infecções sexuais, como o HIV e a Gonorreia, são inicialmente silenciosas, o que facilita a  transmissão e a  consequente continuidade do aumento das DSTs.        Cabe, portanto, à Escola, instituição social bastante influente entre os jovens, trazer à tona a discussão em grupo sobre a importância de se preocupar com as DSTs. Isso pode ser feito por meio das ciências Biologia e Sociologia, com o fim de mostrar aos jovens a real gravidade das DSTs.