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Enviada em: 01/04/2019

Na mitologia grega, Zeus arquitetou um plano para se voltar contra a ousadia de Prometeu - que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo. Assim, o deus grego cumpriu sua vingança, uma vez que Pandora, esposa de Prometeu, abriu a caixa liberando vários males no mundo. Hodiernamente, esse mito assemelha-se ao aumento de DSTs entre os jovens brasileiros, os quais estão em situação de vulnerabilidade. Isso ocorre não só por falta de informação, mas também por preconceito da sociedade.       Segundo Mauro Romeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, "alguns profissionais da área ainda pensam que só pega infecção quem é promíscuo". No entanto, isso não é verdade, visto que basta praticar sexo inseguro para contrair doenças. Dessa forma, se a ignorância é recorrente no meio hospitalar, ainda é pior entre a população jovem do país.       Outrossim, o preconceito da sociedade é um grande impasse ao combate das DSTs. Tristemente, a intolerância é reflexo dos padrões criados pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês Michel Faucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos. Logo, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para transpor as barreiras que impedem a prevenção dos jovens.            Urge, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de resolver esse problema. Dessa maneira, cabe ao Ministério da Saúde orientar os profissionais de saúde, por meio simpósios sobre DSTs. Além disso, o Ministério da Educação deve promover um projeto nas escolas, o qual ofereça palestras, apresentações artísticas e lúdicas com intuito de conscientizar a comunidade jovem sobre o assunto. Assim sendo, o país distanciar-se-á de um dos males do mito grego.