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Enviada em: 05/04/2019

Conforme o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser comparada a um ''corpo biológico'', por ser, assim como esse, composta por partes integradas. Dessa forma, a fim de que esse organismo seja coeso, é necessário haver a garantia de todos os direitos dos cidadãos. Contudo, no Brasil, isso não ocorre completamente, visto que a prerrogativa à saúde, assegurada pelo Artigo 196 da Constituição de 1988, não é plenamente ofertada, já que há um aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre os adolescentes, o que é problemático, pois pode haver o preconceito com os infectados, devido ao medo de uma pessoa saudável adquirir essas patologias, além dos sintomas físicos que as moléstias causam. Destarte, essa elevação é fruto da banalização do preservativo entre os jovens e da ineficiência do Estado em promover o sexo seguro.    Decerto,há alguns anos, segundo o Ministério da Saúde,as DSTs reduziram e isso fez grande parte dos parte dos praticantes acreditar que está impune e,por isso,várias pessoas não estão usando camisinha.Todavia,isso é uma ilusão,pois doenças como a AIDS ainda são uma realidade e podem infectar qualquer indivíduo,independente da idade.Exemplo disso foi o ocorrido com Valéria Polizzi, autora do livro ''Depois daquela Viagem'',obra na qual ela relata que adquiriu o vírus HIV com 16 anos e como passou a ser sua vida desde então, uma vez que ela sofreu muito preconceito, além dos próprios impasses físicos, como a redução da imunidade, que a enfermidade causa. Isso demonstra que ninguém está salvo das DSTs e, devido a isso, o preservativo é essencial em qualquer relação sexual.    Entretanto, existe uma ineficiência, por parte do Estado, em promover campanhas que incentivem o sexo seguro entre os jovens. Essa questão está relacionada ao fato de que a maioria das propagandas relacionadas a essa promoção acontece no período do Carnaval apenas, quando deveriam acontecer durante todo o ano, pois os adolescentes podem ter relações em qualquer época. Em adição, no Brasil, sexo ainda é um tabu e, por isso é pouco falado pelos adultos com os jovens, principalmente no meio escolar- uma vez que os professores deveriam abordar a temática do sexo profundamente- e nas redes sociais- pelas campanhas. Isso não é incentivar, mas sim assegurar que, se for feito, haverá cuidado.    Portanto, a fim de que haja a redução das DSTs entre os adolescentes brasileiros, o Ministério da Educação deve contratar sexólogos para irem as escolas ensinar educação sexual, por meio de palestras e atividades lúdicas, que abordem os temas:sexo, sexualidade e segurança, pois, desse modo, os alunos saberão que o preservativo é fundamental.Concomitantemente,cabe ao Ministério da Saúde, através de campanhas nas redes sociais, transmitir essas mesmas palestras, só que ditas por influenciadores digitais, o que se adequa ao meio e ao linguajar dos jovens.