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Enviada em: 09/04/2019

A britânica "Sex Education",recente série do universo do "Streaming",abre espaço para tematizar a realidade de travas sexuais e dilemas relacionados às DSTs - Doenças Sexualmente Transmissíveis.Tal contexto também impacta a juventude brasileira,hajam vista,a ausência de uma educação preventiva continuada e a dificuldade da discussão de temas relativos ao sexo no panorama escolar do ensino médio.Dessa maneira,é pertinente analisar o aumento de DSTs entre jovens brasileiros.    Em primeiro plano,é indubitável a falta de uma educação preventiva e sexual continuada à juventude brasileira.Segundo o estudo da UFF,o calendário federal tem certa desatenção a DSTs,que não sejam a Aids,no período do Carnaval brasileiro.Tal fato revela a sazonalidade das campanhas de conscientização acerca da tão necessária camisinha em épocas carnavalescas e ratifica a supervalorização da Aids,em detrimento de outras doenças sexuais,tais como a sífilis,clamídia,úlcera vaginal,dentre outras.Semelhante negligência propicia o surgimento de uma geração despreocupada e insipiente,a qual banaliza os males de doenças transmitidas pelo ato sexual.    Além disso,assim como a série da Netflix plateia,a não discussão de assuntos ligados ao sexo na adolescência,dentro do contexto escolar,projeta empecilhos diante dos jovens ao entendimento do sexo com segurança e de como lidar com as supracitadas doenças.Nessa perspectiva,é notório a ausência da educação sexual dos jovens no ensino médio das escolas,posto que há barreiras políticas e ideológicas que impedem uma análise ampliada do corpo docente estudantil,para sanar especulações e medos dos jovens frente ao sexo e dos males que ele oferece quando não há prevenção adequada.Desse modo,formam-se indivíduos incapazes de refletirem acerca das causas e efeitos do sexo desprotegido,já que não conseguem entender tampouco a sua respectiva realidade individual.   Por conseguinte,para suprimir o aumento das DSTs entre os jovens,é preciso investimento e consciência.Cabe ao Ministério da Saúde,junto à mídia,maximar as campanhas de conscientização contra todas as doenças sexuais durante todo ano,com auxílio da televisão,mídias sociais e outdoors,por meio do financiamento destinado à prevenção e vigilância de DSTs.Aliado a isso,é necessário que o órgão executivo da educação - MEC - facilite às instituições educacionais a ampliação de uma educação sexual dentro do contexto escolar,especificamente no ensino médio,a partir do investimento para profissionalização de pessoas que possam lecionar sobre sexo,tratando o assunto de forma natural e não precoce diante dos alunos.