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Enviada em: 27/08/2019

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTS) são disseminadas ,principalmente, pelo contato sexual sem o uso de camisinha por uma pessoa que esteja contaminada.No Brasil, uma pesquisa feita pela OMS revela que 10 milhões de indivíduos possuem essas patologias.Diante disso, faz se necessário analisar ,não só como a banalização do preservativo ,mas também como a ineficiência do Estado perpetuam esse quadro.     Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 6 em cada 10 adolescentes não usam camisinha durante alguma relação sexual mesmo tendo acesso à informação.Por sua vez , essa indiferença está relacionada ,na maioria das vezes, com o sucesso dos tratamentos de algumas doenças ,a exemplo da AIDS com o uso de coquetéis.Ademais, os estereótipos criados de que elas estão concentradas ,apenas, em prostitutas, moradores de rua e usuários de drogas reforçam ,conjuntamente, tal situação.Nesse viés, o comportamento ,irresponsável, da maior parte dos jovens acarreta ,diretamente, no aumento  da propagação da sífilis ,da gonorreia e do HIV .Como consequência ,os infectados vão sofrer com o preconceito social e com a baixa qualidade de vida .      Outrossim, é fundamental pontuar ,ainda, que a ineficácia do governo em garantir campanhas de prevenção intensificam esse quadro.De acordo com o artigo 196 ,da Constituição, a saúde é um direito de todos e é um dever do Estado .No entanto, apesar de esse documento prezar tais interesses ,é notório que as propagandas desse tema são temporais e circulam na mídia ,predominantemente, em fevereiro ,nas vésperas do carnaval.Além disso, elas possuem uma linguagem bem limitada e com uma rara função poética ,não chamando ,dessa forma, a atenção dos  jovens.Como resultado ,a comunicação supérflua gera pouca discussão sobre o tema e o crescimento das DSTS que ,como resposta, sobrecarrega o sistema público de saúde ,visto que várias delas apresentam tratamento de longo prazo.       Em suma, essa questão merece ser tratada com mais clareza no Brasil.Para esse fim ,é essencial que o Ministério da Saúde em parceria com a mídia criem propagandas ,especificamente, voltadas  à  juventude, com o uso de personalidades influentes e linguagens específicas.Por conseguinte, elas devem ser atemporais e conter mensagens que alertem sobre o aumento das contaminações e sobre a necessidade de proteção.Nesse sentido, as redes sociais e o youtube podem ser usados para dar mais visibilidade ao tema e promocar uma mudança de atitude durante as relações.Ademais, é relevante que as escolas incluam aulas de educação sexual na grade curricular ,por meio de palestras, com o objetivo de cessar os mitos ,evitando ,assim, desentendimentos acerca dos tratamentos e dos  diagnósticos.