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Enviada em: 10/04/2019

A Peste Negra dizimou populações e trouxe pânico para as pessoas da época medieval, precisando de medidas para a não contaminação. As DSTs não são diferente, com a pandemia da AIDS nos anos 80, o risco e o medo delas fizeram com que a sociedade fosse mais cuidadosa nas relações sexuais. Contudo, o avanço tecnológico e seus tratamentos eficazes trouxeram de volta uma sensação de falsa segurança que tem como consequência o aumento dessas doenças entre os jovens, seja pelo descuido, seja pelo desconhecimento.   Em primeiro lugar, é preciso analisar a origem do aumento dos índices de DSTs entre os mais novos. De acordo com Zygmunt Bauman e seu conceito de Modernidade Líquida, vivemos em uma sociedade de rápidas mudanças e superficialidade, ou seja, as pessoas vivem de acordo com o lema arcadista Carpe Diem, aproveitando o momento sem preocupação com o depois. Isso fica evidente com o crescimento dessas doenças entre os jovens, os quais, mesmo com campanhas e distribuição de preservativos pelo Governo, optam  por não se protegerem, sem pensar nas consequências futuras.   O problema, porém, está longe de ter um fim, pois apesar da divulgação e ações governamentais, o assunto sexo ainda é um tabu para a sociedade. Embora haja uma grande variedade de conteúdo em novelas, filmes e reportagens sobre o assunto, a cultura da falta de educação sexual é uma máxima para população brasileira, fazendo com que os jovens tenham pouco contato com os efeitos das DSTs, ao contrário da situação vivida pelos mais velhos nos anos 80. Dessa maneira, os mais novos tornam-se as maiores vítimas da quase inexistente abordagem desse assunto na família e escola, já que o desconhecimento leva a falta de cuidado.   Fica claro, portanto, que o aumento de DSTs entre os jovens brasileiros tem solução. Dessa forma, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Saúde, deve incluir na pauta escolar a matéria de Educação Sexual, com aulas mostrando os desdobramentos dessas doenças na vida cotidiana, para inibir a prática do sexo sem preservativos da juventude. Além disso, podem ministrar palestras para os pais sobre a maneira efetiva de abordar esse tema tabu, a fim de mudar a cultura prejudicial de não abordagem sobre sexo, com o objetivo de diminuir os índices das DSTs entre os mais novos. Assim,  com essas medidas, as doenças poderão ser raras como a Peste Negra e não causarão mais estragos para a juventude brasileira. .