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Enviada em: 12/04/2019

É fato que as taxas de DSTs entre jovens vem apresentando níveis alarmantes e que isso aumenta o anseio por solução. Apesar de todos os esforços direcionados a fim de controlar essa situação no país, a deficiência na comunicação, ou a falta dela, juntamente com o tabu que envolve todo esse aspecto, faz com que esse problema esteja em ascensão, contramão ao que é oferecido.    Como indicado por Paulo Freire, a educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática. Desse modo, a educação é disposta como uma ferramenta para a prevenção e conscientização, mas esse conceito vem sendo falho a partir da prática. A estratégia utilizada obsta o diálogo e dificulta a abertura para indagações, especialmente por não ser uma experiência individual, afinal, essa questão ainda é tabu também entre os jovens.    O diálogo é ainda menos acessível no âmbito familiar, onde o assunto é, intrinsecamente, posto como impróprio, gerando apreensão e irrelevância por parte dos jovens, isso provoca todo um misticismo e até mesmo a completa ignorância, o que, eventualmente, resulta no indivíduo infectado e, em muitas da vezes, o próprio não se reconhece com a doença.     Portanto, é inegável que mudanças profundas devem ser realizadas. Para que melhorias no que diz respeito á comunicação sejam aplicadas, urge que o Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, crie por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias com personalidades influentes no meio jovem, com uma linguagem usual, que evidencie a importância da prevenção e cuidados a serem tomados, mas que também conscientize a família e sugira a iniciativa de propor conversas informativas. Poderia, também, ser possível, por meio das redes sociais, encaminhar as dúvidas pessoais para profissionais de saúde que pudessem elucidar e desmistificar todas as questões individuais em aberto. Somente assim será possível, finalmente, quebrar o tabu que ainda é bastante presente no momento atual.