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Enviada em: 24/04/2019

No âmbito social brasileiro, a questão das DSTs reemergem como um problema, além de saúde pública, visto que a real dimensão das consequências são maculadas e objetivadas ao plano do tabu. Nesse contexto, destaca-se que a falta de informações consistentes e o revés com relação ao discernimento de que, apesar de avanços em tratamentos, é preciso continuar se prevenindo, são os principais precursores do aumento dessas doenças, antes controladas. Isso revela a negligência estamental e social, demandando maior ímpeto desses setores, a fim de minimizar esse embróglio.       Em verdade, o Governo falha, ao longo dos anos, no que tange ao efetivo cumprimento de suas diretrizes, que, nesse contexto, são regidas pelo Progama Nacional de DSTs/AIDS, instituidas, desde 1999, prevendo políticas de prevenção e apoio do SUS. Tal situação pode ser verificada, segundo o Ministério da Saúde, no aumento em 600% da incidência de síflis, em seis anos, e no dobro do número de contagiados com AIDS, na útilma década.Isso mostra que as falhas desse progama são recorrentes, ao passo que, a ideia de "cura" para muitas infeccões tranmissíveis sexualmente (ITS) está disseminada, diminuindo a cautela durante relações sexuais e agravando essas epidemias.       Ainda nessa linha de raciocínio, destaca-se que a sociedade brasileira, ainda, conservadora, trata esse assunto com polêmica e tabu, dificultando, por exemplo, diálogos com os jovens acerca da educação sexual, a qual, poderia, enfatizar a importância de relações sexuais protegidas, fortalecendo o papel do Estado. Além disso, segundo especialistas da UNICAMP, como a médica, Cláudia Jacyntho, "Diante da facilidade de se fazer o exame e do baixo custo do tratamento, a situação beira o absurdo”. Essa conjutura mostra o quão grave é a incidência da ITS e a urgência de políticas eficazes.       Dessa forma, cabe ao Estado, por intermédio do Ministério de Saúde, otimizar a disponilidade de verbas públicas para as secretarias estaduais e municipais de saúde, tornando viável a ocorrência de palestras com profissionais desse meio, que possam esclarecer dúvidas e orientar acerca da necessidade de prevenção, não só em determinadas épocas do ano, como o Carnaval; a capacitação de hospitais e postos de saúde, podendo, assim, distribuir gratuitamente preservativos, realizar exames e proceder com os tratamentos. Isso, indo ao encontro do Progama Nacional, contribuirá para a redução nos números de DSTs, retomando o controle atingido em anos anteriores. O Estado deve,ainda, em parceria com ONGs, por exemplo, intensificar campanhas de informação, via rede social, ressaltando a necessidade do uso de preservativo. Ademais, a sociedade pode rever seus conceitos de educação, ao modificar a forma de dialogar com seus entes sobre esse assunto de maneira mais natura, auxiliando as instituições públicas nesse processo de mitigação das DSTs.