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Enviada em: 03/05/2019

Na música "Ideologia" do cantor Cazuza, a frase: "o meu prazer, agora é risco de vida" sugere o sofrimento do cantor com a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), doença que matou milhares de pessoas na década de oitenta no Brasil. Na contemporaneidade, ao contrário do que diz o senso comum, as DST's ( Doenças Sexualmente Transmissíveis) ainda atingem muitos cidadãos e cresce cada vez mais entre os jovens do país. Nesse contexto, é preciso discutir o como a sociedade e o Estado contribuem para a perpetuação dessa mazela.   Mormente, é inocente acreditar que a sociedade mobiliza-se para a erradicação dessas doenças. Sob tal ótica, Talcott Parsons, sociólogo do século XX, dizia que a família é a base da a sociedade. Contrariando esse pensamento, alguns pais não conversam com os filhos sobre sexo e como deve ser a prevenção. Portanto, sem nenhuma instrução e conselho daqueles que são responsáveis pela formação do adolescente, essas enfermidades continuarão infectando mais pessoas.     Ademais, é inegável a falha do Estado em conter o avanço do problema. Com efeito, segundo levantamento do Pecap (Pesquisa de conhecimento, atitudes e práticas da população) 60% dos adolescentes e adultos não utilizam camisinha durante as relações. De fato, tal conduta imprudente é resultado da ausência de uma educação sexual nas escolas, a qual leve informação e mobilize os estudantes no combate a esse mal. Logo, isso demonstra a a ineficiência do Poder Público em agir na prevenção.    Destarte, fica axiomática a necessidade da mitigação dos desafios para o combate às DST's no Brasil. Assim, o Ministério da Educação, em parceria com as instituições de ensino, deve promover a prevenção e mobilização nas escolas contra esse aumento, por meio de palestras e seminários com a exposição de dados, relatos e participação dos pais para maior engajamento de toda a comunidade. Espera-se, com isso, disseminar informação, de modo a evitar que mais cidadãos como Cazuza pereçam com essas moléstias.