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Enviada em: 01/05/2019

Na auto-biografia "Depois daquela viagem" (1999) Valeria Polizzi relata suas experiências e dramas de uma adolescente que contrai o vírus do HIV, em meados da década de 80 e 90, período de pouca tecnologia medica- AIDS sinônimo de morte- e acesso a informação. Na contemporaneidade, mesmo com o desenvolvimento da tecnologia medica e o fácil acesso a informação o número de jovens infectados vem aumentando. Isso de deve a questão sexual no Brasil ser um tabu e a ineficiência do estado.            Em primeiro plano, a sociedade Brasileira enfrenta uma divergência em relação ao aumento do acesso a informação e consequentemente o aumento dos casos de jovens infectados. Tal negligência está relacionada a banalização desses males, seja por não conhecerem alguém doente, seja por não acreditar que podem ser infectados, logo não se atente a prevenção. Ou seja, essa parcela da sociedade não presenciou os casos de complicação e até morte causadas pelo HIV ,como foi o período em que a escritora descobriu a doença, por isso a menor prudência.            De outra parte, a Constituição Federal de 1988, no artigo 6º,ressalta que a saúde é um dos direitos sociais, isto é, os portadores de HIV assim como todo e qualquer cidadão Brasileiro, tem direitos garantidos. Entretanto, o Estado sofre uma pressão nos serviços públicos - sobretudo na saúde- devido ao sucateamento do mesmo. Tal consequência é resultado da ineficiência do poder público,visto que as campanhas midiáticas não são eficaz, vista que são limitadas no tempo, frequentes apenas no período do carnaval e não possuem uma linguagem e meios de comunicação pertinentes para atingir o público alvo.              Desse modo, cabe ao Estado e a sociedade promover mudanças que amenizem os índices de jovens infectados. Para tanto, é necessário que o Ministério da Educação em parceria com as escolas por meio de palestras com profissionais da área da saúde, aulas de sexualidade e orientação psicopedagoga para os estudantes estimule a opinião dos jovens acerca de tal problema. Ademais, Oo Ministério da Saúde deve promover campanhas midiáticas com uma linguagem própria para o público em questão e em parcerias com emissoras de televisão que são instituições formadoras de opinião com grande amplitude de disseminação de informação realizar ficções engajadas- novelas, mini series-  a fim de para salientar tal realidade. Dessa forma, jovens assim como a Valeria estarão mais informadas ao ponto de saber como se portar diante tais situações.