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Enviada em: 05/05/2019

Renato Russo e Cazuza foram cantores brasileiros das décadas de 80 e 90 que possuiriam algo em comum, além dom para cantar: os dois lutaram contra a AIDS, uma doença autoimune sexualmente transmissível, que causou pânico no final do século passado, por caracterizar uma epidemia. Mais de duas décadas depois do primeiro caso de AIDS no Brasil, esperava-se que os números de infecções sexualmente transmissíveis diminuíssem, contudo, os casos de infecções transmitidas através de relações sexuais aumentam anualmente entre os jovens, tornando evidente a importância de discutir as causas e consequências deste fenômeno.    A principal causa do aumento das infecções transmitidas através das relações sexuais é o declínio do uso de preservativos, método mais eficaz para evitar a transmissão de infecções como AIDS, sífilis, gonorreia e candidíase. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2016, 60% dos jovens fizeram sexo sem proteção em relação ao ano anterior à pesquisa. A população sexualmente ativa em questão não se protege como deveria pois não temem às doenças citadas, pois estas foram tão banalizadas que os jovens acreditam que todas têm cura, então abrem mão do uso da camisinha. Logo, a principal causa do aumento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) entre jovens brasileiros é o desuso de preservativos em decorrência da vulgarização dessas doenças.    Contudo, toda ação tem sua consequência e a consequência da falta de proteção durante as relações sexuais é o aumento de DSTs entre a população entre 20 e 29 anos. Apesar do Ministério Público distribuir mais de 450 milhões de preservativos por ano, o Ministério da Saúde, registrou em 2016 38.090 novos casos apenas de AIDS, sem contabilizar gonorreia e sífilis que também apresentam números alarmantes. Assim, a consequência do declínio do uso da camisinha é o aumento da incidência de número de DSTs entre os jovens, que poderiam ser evitadas com o uso do preservativo.   Torna-se claro que o aumento das infecções sexualmente transmissíveis entre os jovens é um problema de saúde pública, e deve ser combatido. O Ministério da Saúde pode realizar campanhas publicitárias de combate às DSTs e incentivo ao uso de preservativo nas redes sociais como Instagram e Facebook com objetivo de alcançar o maior número de jovens possíveis, tendo em vista que no contexto contemporâneo, uma quantidade significativa desses jovens usam esses meios de comunicação. O Ministério da Educação também poderia incluir na grade horária do curso biologia do ensino médio, aulas que discutam sobre as infecções sexualmente transmissíveis, os riscos que trazem a saúde e métodos para evita-las, pois através de mais informações, os jovens criem uma maior conscientização. Assim, poderíamos observar a diminuição de DSTs entre os jovens brasileiros.