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Enviada em: 17/10/2018

Áreas em períodos de baixa umidade e altas temperaturas, condições comuns na região do cerrado brasileiro, estão mais propensas à queimada da vegetação, sendo considerado um fenômeno natural. No entanto, embora ocorra incêndios provocado pela natureza de forma regular, está havendo uma contribuição humana mais influente, devastando os ecossistemas do país. Nesse aspecto, a manutenção de técnicas arcaicas na agricultura e hábitos culturais influenciam as queimadas nas matas brasileiras.        Nesse sentido, a falta de tecnologia para produção de alimentos no campo contribui para tal problemática. O fato de os fazendeiros, típicos do cinturão de soja brasileiro, atearem fogo no final da colheita para preparar o terreno para a próxima plantação, visto que não possuem máquinas alternativas para a limpeza da região, evidencia o perigo na qual a vegetação brasileira está sendo submetida. Situação semelhante se fazia presente no período colonial, em que, com o intuito de utilizar o solo na agricultura canavieira, colocavam fogo na vegetação nativa, sendo responsável pela redução da floresta tropical. Assim, percebe-se a preservação de práticas coloniais de cultivo ao produzirem incêndio para plantar, colocando ecossistemas em risco, já que o fogo não é controlado.        Ademais, o comportamento cultural negligente impacta diretamente no aumento das queimadas nas florestas brasileiras. A produção e o lançamento de balões de ar quente de maneira ilegal, comuns em festas juninas, são exemplos de festividades que crescem exponencialmente a probabilidade de produção de chamas nas áreas verdes, uma vez que a queda do utensílio na mata é o suficiente para dar início ao desastre. Dessa forma, de acordo com a Biologia, submetendo os ecossistemas às queimadas diminui a sua biodiversidade, porque espécies nativas de vegetais e animais são mortos pelo fogo. Logo, evidencia-se a falta de conhecimento das consequências das atitudes do ser humano sobre o meio ambiente, pois se mantém as práticas que estimulam as queimadas.       Portanto, a agricultura sem as devidas inovações tecnológicas e o comportamento humano negligente impactam o cenário de incêndios nas florestas brasileiras. Por isso, torna-se necessário que o Estado estimule a produção inovadora no campo, por meio da concessão de créditos aos fazendeiros para a aquisição de tecnologias que substituam as queimadas, com o intuito de diminuir as chamas nas áreas verdes. Além disso, cabe às instituições educacionais debaterem sobre as consequências das atitudes humanas sobre a natureza, por intermédio de palestras com especialistas, como ecologistas, a fim de reduzir as ocorrências de incêndios causados por balões de festas comemorativas.