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Enviada em: 30/09/2018

Durante a 2ª Guerra Mundial, o autor austríaco Stefan Zweig migrou-se para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa. Bem acolhido e deslumbrado com o potencial do novo lar, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje debatido: ''Brasil, o país do futuro''. Contudo, no mundo pós-moderno, quando se observa a falta de medidas para combater os incêndios florestais e o constante aumento dessas queimadas em áreas de conservação, percebe-se que essa profecia não saiu do papel.   De acordo com o sociólogo alemão Dahrendorf, anomia é uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Depreende-se, portanto, que a legislação brasileira acerca da preservação ambiental se tornou um exemplo axiomático dessa anomia, uma vez que além do número de queimadas só aumentar, os responsáveis não são identificados e nem punidos. Assim, uma mudança na legislação ambiental é imprescindível para combater o elevado número de incêndios florestais no Brasil.  Outra questão relevante, nessa temática, são dados do Inpe que explicitam que os incêndios não ocorrem ao acaso, quase 1 milhão de hectares queimados foram em regiões de conservação federal e terras indígenas. Em outras palavras, esses incêndios são frutos de interesses econômicos na área e, prejudicam não só o meio ambiente como também diversas populações indígenas.   Nesse sentido, urge que o Poder Legislativo, por meio dos deputados e senadores, elabore projetos de leis que punam severamente indivíduos que causem incêndios, instaurando postos de preservação ambiental que fiscalizem áreas com alta incidência de queimadas. De resto, o próprio Senado Federal pode difundir propagandas educativas e informacionais com o fito de alertar à sociedade sobre os malefícios das queimadas florestais e a importância de denunciar essas ocorrências. Dessa maneira, espera-se não só coibir o número de queimadas no Brasil, mas também progredir em direção ao país tão almejado por Zweig.