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Enviada em: 23/10/2018

Em 2015, o Brasil, como sétimo maior emissor de gases do efeito estufa do mundo, afirmou com o Acordo de Paris, o compromisso de manter a temperatura média global favorável para a redução do efeito estufa. Nesse contexto, atualmente, o aumento das queimadas no território brasileiro tem efeitos diretos na luta socioambiental. No entanto, a falta de consciência da população e o descontrole das queimadas florestais, desafiam o compromisso afirmado.   Convém, primeiramente, que apesar de haver lei para o combate ao aumento das queimadas, a consciência ambiental dos brasileiros é uma peça fundamental para o seu cumprimento. Parafraseando o artigo 250 do Código Penal Brasileiro, é crime provocar qualquer incêndio que expõe perigo à vida, a integridade física ou a propriedade de outra pessoa. Entretanto, mesmo assim, a lei não é respeitada e são comuns casos como de fazendeiros que iniciam queimadas em áreas abertas que alastram-se para territórios vizinhos, degradando a terra, a biodiversidade, a saúde dos moradores atingidos pela fumaça negra, além de contribuir para o efeito estufa. Dessa maneira, as queimadas tratam-se de uma responsabilidade social.    Outrossim, é importante ressaltar a importância da preservação das florestas brasileiras por meio do controle dos focos. Segundo pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no início de 2018, mais da metade da Floresta Amazônica foi incendiada, sendo a mata brasileira mais afetada por tal ação. Contudo, o fim da queimada ilegal na Amazônia é uma das metas propostas pelo Acordo de Paris, porém isso não ocorre devido à falha de fiscalização e punição do crime, além da grande extensão da floresta ser um empecilho para o controle eficiente dos focos. Nesse sentido, sem o investimento reforçado do Governo no controle das queimadas florestais, o desmatamento provocado afeta o futuro do meio ambiente e da humanidade.     Em suma, torna-se evidente a necessidade de alternativas para a redução de incêndios nas matas do Brasil. Antes de tudo, o Ministério do Meio Ambiente, aliado à mídia, deve investir em uma campanha contra as queimadas florestais, anualmente, por intermédio de canais televisivos, redes sociais e rádio, com instruções sobre maneiras da sociedade evitar que queimadas se alastrem em territórios próximos a fazendas e rodovias, como o aconselhamento de mecanismos que substituam as queimadas de pastos e impeçam a agressão à biodiversidade, além de alertar para a punição do crime e incentivar a sua denúncia às autoridades, para que florestas como a Amazônica sobreviva por mais anos e, assim, a humanidade assuma a sua responsabilidade ambiental.