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Enviada em: 21/10/2018

Apresentado pela Organização das Nações Unidas em 1983, o conceito de desenvolvimento sustentável propõe satisfazer as necessidades das gerações atuais sem comprometer as das gerações futuras. Contudo, em razão do aumento das queimadas em florestas brasileiras, percebe-se que essa concepção encontra-se deturpada no país. Desse modo, cabem ser analisadas as principais causas, bem como as consequências de tal postura negligente da sociedade atual.    Em primeira análise, convém ressaltar que, apesar de ocupar a nona posição na economia mundial, o Brasil não possui investimentos concretos quanto a redução dos impactos ambientais em seu território, e o resultado desse descaso é claramente refletido no aumento significativo de focos de incêndio no norte e nordeste do país. De acordo com o Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais, em 2017 foram registrados os maiores números de queimadas desde o início de suas apurações, onde, somente nesse ano, cerca de 986.000 hectares de unidades de conservação foram destruídos. Dessa maneira, torna-se imprescindível a adoção de medidas, por parte das autoridades responsáveis, para conter a alarmante expansão da fronteira agrícola no país.    Além disso, como já teorizado por Claude Lévi-Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como eventos históricos e as relações sociais. Sob essa perspectiva, faz-se mister salientar a importância econômica das exportação de produtos primários no Brasil como impulsionador do problema, haja vista que a manutenção da balança comercial do país implica diretamente na expansão de terras agricultáveis, e, por consequência, na degradação de Biomas, como o cerrado e a floresta amazônica. Dessa forma, evidencia-se que, apesar da relevância financeira , a ampliação das atividades agrícolas deve ser contida , tendo em vista sua forte conexão ao aumento de incêndios e degradação das florestas brasileiras.   Portanto, para que se reverta esse cenário preocupante. Urge que o Ministério do Meio Ambiente, por meio de tecnologias de satélites e do apoio a serviços de inteligencia de órgãos estaduais da polícia civil, invista em monitoramentos de áreas do norte e nordeste,  além de uma maior rigorosidade quanto a aplicação de multas, a fim de que latifundiários sejam coagidos a investir em meios de aumentar sua produtividade sem destruir as matas brasileiras. Assim, o Brasil poderá seguir em frente e desenvolver-se com sustentabilidade.