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Enviada em: 31/10/2018

As vegetações naturais do Brasil possuem grande importância econômica e ambiental, assim como a floresta Amazônica, a qual corresponde ao maior bioma do mundo e é detentora de 13% da biodiversidade de fauna e flora do planeta. Apesar de todo esse potencial, sua integridade tem sido ameaçada pelas atividades agrícolas ilegais, como queimadas e desflorestamento, e pela impunibilidade dessas práticas, por parte do governo. Dessa forma, é possível afirmar que o “pulmão do mundo”, assim como os outros biomas brasileiros, estão se tornando vítimas da falta de visibilidade a este problema e pela negligência dos órgãos governamentais.     A floresta Amazônica é atribuída de uma importância crucial, uma vez que sua vegetação é o principal agente de estabilidade ambiental do mundo e possuir reservas naturais que abrigam as poucas tribos indígenas que restam, como a etnia Suruí Paiter. Apesar desses fatores, as queimadas e desmatamentos nessa região aumentaram 40% entre 2017 e 2018 e agora abrangem uma área correspondente ao tamanho da Suíça, segundo a reportagem do El País, e a visibilidade e relevância dada à esta questão foi mínima por parte da mídia. Desse modo, o resultado é a perpetuação das práticas antiambientalistas, dado que sem a atenção da população para esse problema não é possível conscientiza-los e instiga-los a exigir posicionamento das entidades governamentais.    Outrossim, a imparcialidade do Estado acerca do assunto é o principal agravante dos crimes ambientais. Embora a prática de queimada, em determinados tipos de flora, seja vital para a preservação da mesma, de acordo com a professora de Engenharia Florestal da Universidade Estadual de São Paulo, a prática imprudente desse método, pelo fato de ser um recurso barato para “limpar” o solo, é extremamente nociva à biosfera nacional e, assim como a exploração ilegal de madeira, é encobertada pelo pagamento de multas amenas à infração.    Tendo em vista os fatos apresentados, faz-se necessário que as redes emissoras de TV, como a Globo, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, produzam campanhas conscientizadoras das violações ambientais nas matas nacionais e eventos solidários que utilizem a arrecadação capital para desenvolver projetos de preservação, a fim de conscientizar a população e mobiliza-la à por fim em tal cenário de destruição. Além disso, é de suma relevância que o Poder Legislativo e Executivo revejam as leis ambientais, no intuito de torna-las mas rigorosas e infinanciáveis, de tal forma que as práticas ilegais terminem e as atividades do agronegócio sigam os parâmetros da legislação. Dessa forma, as atividades degradativas ao meio ambiente serão extintas, e a vitalidade das matas brasileiras poderá ser preservada e explorada de maneira prudente e respeitosa.