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Enviada em: 01/11/2018

A ambição é, indubitavelmente, um elemento que acompanha a história da humanidade, desde o expansionismo de Alexandre, o grande, até o imperialismo na África, que desencadeou a primeira grande guerra mundial. Não foi diferente com Nero, o imperador de Roma, que após ter um pedido de desapropriação negado pelo senado romano, ordenou que ateassem fogo ao monumento central, visando construir uma estátua sua no lugar, todavia as casas que na época eram feitas de madeira facilitaram a dispersão do incêndio que destruiu dois terços da cidade. As consequências só não foram piores porque os romanos conseguiram controlar o fogo após 6 dias de esforço. O Brasil contemporâneo não conta com um imperador, mas a ambição das elites agrárias vem provocando uma série de incêndios que estão destruindo o que ainda resta de fauna e flora no país.   Primeiramente, convém ressaltar, uma luta travada entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio-ambiente. O que se pode notar com a saída dos Estados Unidos do protocolo de Quioto, com justificativas econômicas, uma vez que um desenvolvimento sustentável é dispendioso e, por isso, atrasa o crescimento industrial. Foi também esse o motivo de discussão entre os países emergentes e os desenvolvidos, uma vez que para se tornarem potências mundiais os países desenvolvidos causaram graves problemáticas sociais e ambientais, em seus territórios e muitas vezes em territórios emergentes, sendo assim injusto que exigissem que tais países custeassem o desenvolvimento sustentável, retardado seu crescimento.       De mesma forma, no Brasil, vários setores econômicos se contrapõem a preservação ambiental, tendo em mente o prejuízo financeiro que essas políticas vêm causando. O principal deles é o agronegócio, uma atividade lucrativa que ocupa expressivas áreas de terra e vê na expansão uma oportunidade de aumentar sua produção e consequentemente sua receita. Para isso, veem-se na necessidade de desmatar áreas florestais, e muitas vezes investem em queimadas, por ser um processo mais rápido e barato. Contudo, frequentemente os focos de incêndio, assim como na Roma antiga, saem do controle dos produtores chegando a destruir áreas de preservação ambiental e terras indígenas. A ambição da elite agrária causou um aumento considerável dos focos de incêndio, levando o Brasil a um número recorde em 2017, como confirma o INPE.       Tendo em vista os argumentos supracitados, pode-se concluir que é necessário que medidas sejam tomadas para a preservação dos biomas brasileiros. Portanto, cabe ao Ministério do Meio-Ambiente colocar em prática as leis que se restringem ao papel através de fiscalizações das áreas de preservação e a proposição de punições severas aos criminosos, visando conservar os biomas do país.