Materiais:
Enviada em: 06/11/2018

Diminuir o quanto possível       Segundo levantamento do INPE, os recordes relativos ao número de queimadas são sucessivamente superados a cada ano. Complementarmente, observa-se, de forma paralela, o avanço do fogo em direção a novas áreas de preservação, notadamente na Amazônia e no cerrado. Ao mesmo tempo, vale ressaltar que os incêndios florestais degradam o meio ambiente, a saúde dos seres vivos, além de contribuir para o aquecimento global. Logo é necessário, o quanto antes, adotar medidas para conter o avanço do fogo sobre as matas brasileiras.       Hodiernamente, a queimada é a forma mais barata, mas nem de longe a mais adequada, para limpar o terreno anteriormente a um novo plantio ou preparação de pastagens. Ademais, na medida em que ocorre o fogo, os micro-organismos responsáveis pela renovação dos nutrientes do solo são mortos, e importantes minerais são dispersos pela fumaça. Como consequência, tem-se o empobrecimento da terra e a pré-disposição a erosão, afinal, a cobertura vegetal foi consumida pelas chamas.       Conforme a fertilidade do solo cai, o agricultor apela para o uso de agrotóxicos e mais problemas ambientais são gerados. Ou seja, observa-se uma cadeia de impactos negativos. Porém, a série de consequências negativas não se restringe somente a impactos ao meio ambiente. Outrossim, estudos conduzidos pela Fiocruz e pesquisadores da UFRN atribuem à fumaça oriunda das queimadas a ocorrência de problemas respiratórios e até câncer de pulmão. A princípio, segundo a pesquisa, a queima da biomassa vegetal resulta em substâncias que, eventualmente, podem alterar o DNA das células do pulmão.       Além disso, não se pode esquecer da contribuição dos incêndios florestais para o aquecimento global. Embora as queimadas sejam fenômenos comuns, assim como o efeito estufa o é, o que se observa é um descontrole em sua ocorrência provocado por ações antrópicas. Dentre esses atos, pode-se destacar a deposição de lixo na beira de estradas, as já citadas queimadas utilizadas na agropecuária e os atos criminosos com o intuito de abrir fronteiras agrícolas.       Enfim, para reduzir a ocorrência de queimadas a patamares aceitáveis, é necessário que os órgãos ambientais monitorem constantemente, via Satélite, a ocorrência de focos de incêndio. A partir do monitoramento, infraestrutura e equipes de plantão devem ser posicionadas nas áreas mais vulneráveis para coibir e apagar o fogo. Inclusive, o exército poderia ser empregado nessa atividade. Por sua vez, o cidadão deve ser conscientizado a descartar o seu lixo de forma correta.