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Enviada em: 14/03/2019

Segundo o físico Isaac Newton, na natureza toda ação gera uma reação de iguais direção e intensidade e sentido opostos. Aliados a esse conceito, os interesses "lucrativistas" de produtores rurais e as atitudes inconsequentes da sociedade constituem uma ação de impacto ambiental - o aumento de incêndios nas matas brasileiras - e que, se não atenuada, tornar-se-á irreversível.         Em primeiro plano, por ser um processo de baixo custo, o ateamento de fogo nas matas brasileiras, majoritariamente, são criminosos e iniciados por produtores rurais que buscam aumentar áreas de lavoura e pastagem. Sob esse viés, é indubitável que a teoria marxiana é aplicável à engrenagem hodierna, de modo que a busca desenfreada pelo lucro, rege os modos de produção e as relações homem-natureza. Especialmente em terras canarinhas, tais caracteres são problemáticos, uma vez identificada a configuração agroexportadora. Assim, enquanto essa postura de proveito atrelada ao desastre ambiental supracitado se mantiver, prejuízos permanentes para toda biodiversidade serão realidade.         De outra parte, a cultura de insensatez entre os indivíduos é obstáculo para a diminuição de incêndios nas vegetações do país. A esse respeito, o cientista social Sérgio Buarque de Holanda defende, em "Raízes do Brasil",que o brasileiro tende a agir motivado por impulsos emocionais - fenômeno conceituado como "cordialidade". O sociólogo afirma que algumas atitudes são tomadas sem que sejam consideradas as consequências, já que ocorrem de modo espontâneo e emocional. Tal comportamento imprudente, a exemplo de bitucas de cigarros lançadas por motoristas próximo a rodovias e a ignição de lixões, pode ocasionar incêndios de proporção imensurável, visto que os resultados desses atos - como a emissão de poluentes - não são refletidas.        Impende, pois, que Estado e sociedade civil cooperem para mitigar os incêndios nas matas brasileiras. Sendo assim, o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Polícia Federal, devem, por meio de políticas públicas rígidas voltados para o combate aos incêndios criminosos, participar da fiscalização, confisco de áreas particulares e condenações para produtores rurais que inflijam as leis ambientais, a fim de evitar a destruição de áreas importantes para a biodiversidade. Ademais, o Ministério Público e o Ibama devem, a partir de campanhas na mídia televisiva e na internet, veicular breves documentários capazes de mostrar as consequências do fogo causado por ações humanas, com o objetivo de orientar e reeducar os indivíduos sobre os perigos de um incêndio para um país. Dessa forma, poder-se-á equipar da ação gerada e evitar tais impactos.