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Enviada em: 11/08/2019

Com a repercussão mundial da problemática que envolve a preservação ambiental no Brasil, a Alemanha, neste fim de semana, retirou seus investimentos do fundo de preservação à Amazônia, como noticiou a Folha de São Paulo. Dessa forma, observa-se que o aumento de incêndios nas matas brasileiras torna-se cada vez mais preocupante tanto em escala nacional quanto global e, assim, é preciso conhecer os diversos estigmas desse problema, na propensão de solucioná-lo.       Em primeira instância, vale pontuar que o dilema envolvendo os incêndios nas matas do país possui estreita relação com as atitudes do Executivo. Desde que assumiu o mandato no início de 2019, o atual presidente, Jair Bolsonaro, tem dado diversas declarações polêmicas e, em uma delas, ele acabou a salientar que a questão ambiental deveria ser um assunto sigiloso, não uma prioridade. Dados divulgados pelo INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - revelaram que o desmatamento e as queimadas, no país, tiveram um aumento absurdo desde a sua posse e questionado, Bolsonaro afirmou - de acordo com o G1 - que esses dados não deveriam vir a público, pois seriam danosos à imagem nacional. Desse modo, com esse discurso antidemocrático, os incêndios nas matas tendem a aumentar, visto que o presidente não preza por combatê-los, o que revela a necessidade de mudanças.       Em semelhante proporção, a falta de educação de parte dos agricultores do cerrado e da caatinga é um mecanismo intenso desse impasse. Objetivando o lucro, a geração de riqueza e a adubação do solo, muitos cultivadores acabam praticando a derrubada e a queima de diversas matas brasileiras nessas regiões, principalmente na caatinga - região com solo pouco fértil - o que, associado à precária fiscalização por parte do Estado, têm grande participação na quantidade de incêndios florestais e acaba a promover a desertificação desses locais. Dessa maneira, de acordo com o educador Paulo Freire "se a educação, por um lado, não muda o mundo, por outro, a ausência dela torna inviável qualquer mudança", a educação é necessária para que transformações ocorram nesse complicado panorama.       As atitudes do executivo, portanto, associadas à falta de educação de parte dos agricultores brasileiros são importantes vetores da problemática. Destarte, é dever do chefe do Executivo ponderar suas ações e falas, além de incitar o aumento da fiscalização por parte dos órgãos competentes, como o IBAMA, por meio de uma auto-análise e de destinação de verba a esses órgãos, com finalidade de que a preservação do meio ambiente se torne primordial no país. Além disso, é dever do Ministério da Educação, em parceria com as escolas, promover campanhas educacionais voltadas aos agricultores, principalmente na região Nordeste, por meio de aulas sobre o meio ambiente nas comunidades rurais, com a participação de todos. Agindo assim, será possível reduzir o número de incêndios florestais.