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Enviada em: 21/08/2019

O aumento do índice de incêndios no Brasil nos últimos anos é expressivo. Devido a fatores que se estendem de queimadas acidentais, até limpeza de áreas para a exploração agropecuária , grande parte da vegetação nativa brasileira está sendo perdida, sobretudo no Cerrado e na Amazônia. A falta de produtividade e a necessidade de crescimento da produção são alguns dos principais fatores para a expansão da fronteira agropecuária brasileira.       Historicamente, a soja e a pecuária são práticas do sul brasileiro. Com a Revolução Verde, o cultivo no centro-oeste tornou-se viável, causando a expansão da fronteira e a consequente destruição do cerrado. Apesar da proibição da derrubada de floresta para o plantio de soja, a expansão não cessou, uma vez que a pecuária permanece expandindo-se e ocupa cerca de 13% do território nacional, enquanto a agricultura, 7%. A legislação falha e a falta de monitoramento com o uso de tecnologia são algumas das causas do aumento contínuo da área degradada.       Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o custo para queimar um hectare é inferior ao para aumentar a produtividade de um já explorado. Somado a isso, a produção de soja cresce anualmente, o que requer mais áreas de cultivo, resultando, muitas vezes, na exploração ilegal da madeira, seguida pelas queimadas, já que este é o processo de limpeza mais rápido. Esta prática resulta, em alguns casos, no descontrole do fog e a destruição de outras áreas, fato que aumenta o poder destrutivo das queimadas       A subprodutividade, legislação frouxa e a falta de aparato tecnológico por parte dos órgãos fiscalizadores são as principais causas do aumento de incêndios no Brasil. Portanto, cabe ao Estado promover a modernização do campo por meio de financiamentos a juros baixos junto à Caixa Econômica Federal, além de enrijecer as leis e punir os responsáveis que serão identificados com o incremento e a modernização dos equipamentos utilizados por institutos como o INPE, o Instituto Chico Mendes e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA.