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Enviada em: 26/07/2017

O avanço exponencial dos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), destacadamente entre os mais jovens, tornou-se uma epidemia que acomete diversos países, incluindo o Brasil. Encontrar as causas desse surto e as medidas necessárias para controlá-lo é uma questão que requer atenção por parte da sociedade civil, da mídia e da administração pública. levando-se em pauta aspectos preventivos, informativos e também econômicos.    Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os jovens de 13 a 15 anos estão se protegendo menos na hora do sexo. Em 2012, 75% dos entrevistados usaram preservativo em sua última relação sexual, no entanto, na última pesquisa, realizada em 2015, apenas 66% fizeram uso da camisinha.     Uma das possíveis justificativas sobre o jovem não ter o hábito de usar camisinha, seria o fato deles não terem vivido o risco mortal da Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Os mais velhos viram ídolos morrendo da doença, como o cantor Cazuza, mas, hoje, com o distanciamento do sinônimo de fatal e o acesso ao tratamento pelo SUS, houve um fenômeno de descuido por parte dos adolescentes e, ao existir tal explicação, também é apresentada a imperícia do Estado na formação de cidadãos conscientes.    Um reforço importante no combate às DSTs são as campanhas para aumentar o uso do preservativo, que ganharam força com a descoberta do vírus da AIDS, na década de 1980. Meios de comunicação, em especial rádio e TV, promoviam diariamente propagandas de incentivo à prevenção, contudo, na medida que houve avanços no tratamento, foi perceptível que fora dos períodos carnavalescos os holofotes sobre a prevenção caíram; Não obstante, as mídias audiovisuais não são mais as principais fontes informativas da chamada "geração z".    O aumento da contaminação por DSTs no Brasil, portanto, apresenta influências da carência de conscientização e por conseguinte, da precaução cidadã. Nesse ínterim, o Ministério da Fazenda deve dispor isenções de impostos à empresas digitais, como a Google e o Facebook, para que estimulem, a partir de palestras, vídeos e propagandas interativas, a prática do sexo consciente, sem mais contar com a "ajuda" que o temor causou anteriormente, trazendo, desse modo, a compreensão ao ambiente informativo do jovem atual. Somado a isso, para antecipar o início do tratamento, o Ministério da Saúde, juntamente com os profissionais da área, podem montar postos com equipamentos de testagem em comunidades que apresentem maiores percentuais de contaminação. Com essas medidas, a população entenderá sua vulnerabilidade e se protegerá, reprimindo a propagação do contágio.