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Enviada em: 24/07/2017

Na década de 1980, o surgimento da Aids espantou o mundo pelo seu alto poder destrutivo no doente. Apesar do desenvolvimento de estudos acerca dessa enfermidade e do livre acesso a essas informações, na contemporaneidade, a DST ainda afeta milhões de pessoas ao redor do globo. Fatores de caráter educacional, bem como cultural, expressam o dilema dessas doenças no Brasil.    É importante pontuar, de início, a negligência acadêmica quanto à abordagem do tema nas salas de aula. À guisa do pensamento kantiano, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, e as escolas brasileiras falham no ensino aplicado. A ausência de projetos no meio estudantil voltados para a prevenção das DSTs, muitas vezes motivada por uma visão conservadora do papel escolar, fomenta um comportamento inconsequente dos estudantes. Tal fato pode ser ratificado por dados do Ministério da Saúde, que apontam para um aumento expressivo dessas enfermidades entre os jovens.    Outrossim, tem-se a persistência de uma visão preconceituosa sobre os indivíduos infectados por DSTs. Inicialmente associada à "doença do gay", a Aids continua estigmatizada como sendo própria de determinados grupos sociais. Essa falsa relação gera uma despreocupação dos demais indivíduos em contrair a doença. Nesse sentido, segundo pesquisas do site G1, a Aids cresceu mais entre heterossexuais que homossexuais nos últimos 20 anos, demonstrando os riscos das falácias sobre essas enfermidades.    É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e culturais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com ONGs da área, desenvolver projetos e ações voltados para a prevenção dessas doenças. A ideia é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, além de campanhas nos postos de saúde, minimizar a incidência de DSTs entre os brasileiros. Paralelamente, a mídia, enquanto difusora de novos comportamentos e opiniões, deve orientar a população acerca dos riscos de contração dessas enfermidades nos mais diversos grupos sociais. Tal medida deve contar com propagandas educativas nos veículos de comunicação a fim de desconstruir estereótipos sobre essas doenças.