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Enviada em: 25/07/2017

Desde a década de 90 do século passado, inúmeras foram as ações do poder público e das mais variadas entidades da sociedade civil que visaram informar a população brasileira quanto às consequências desastrosas causadas pelas DSTs. No entanto, a persistente falta de conscientização e a imprudência têm colaborado para o aumento significativo do número de pessoas infectadas por DSTs no Brasil. Dados divulgados na Pcap 2013 mostram que 21,6% dos jovens que tem entre 15 e 24 anos acreditam haver cura para a Aids, e que 74,8% desses mesmos jovens nunca fizeram teste de HIV. Tais dados mostram, respectivamente, a falta de informação de muitos com relação a gravidade de adquirir uma DST como a Aids, que é incurável, e uma espécie de despreocupação, como se a infecção fosse algo distante, que nunca viria a acontecer com eles. Estas coisas fazem com que muitas e muitas pessoas não estejam conscientes dos riscos que correm ao manter relações sexuais, especialmente aquelas que ocorrem casualmente. Consequentemente, negligenciam o uso de preservativos e acabam sendo alvos mais fáceis de uma infecção eventual. Outro fator de grande importância na análise do aumento de infecções por DSTs no Brasil é a imprudência. São alarmantes os dados da mesma pesquisa acima citada, que dizem que 43,4% dos jovens com idade entre 15 e 24 anos não se protegeram durante sexo casual. O calor da emoção, a confiança no parceiro talvez sejam motivos para a existência desse número tão expressivo, mas não podem justificar tal imprudência. Se ao manter relações sexuais com um único parceiro, o cuidado não deve ser negligenciado, tanto mais ele deve ser tomado quando o sexo for realizado de modo casual. A negligência de algo simples como o uso de preservativos pode causar danos para o resto da vida e, quando pior, até mesmo abreviá-la. Diante do acima exposto, verifica-se urgente a tomada de medidas que revertam o quadro. Deve o Ministério da Sáude em parceria com o Ministério da Educação intensificar as campanhas de conscientização, através de cartazes, folhetos, palestras e propagandas em redes de televisão, que informem quanto aos efeitos e modos de transmissão das DSTs, já que como bem afirma o filósofo Immanuel Kant "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". A sociedade civil, por sua vez, precisa fazer a sua parte, através das ONG's, colégios, famílias, fomentando, na criação de filhos, na educação escolar, no trabalho social, o surgimento de uma consciência coletiva cada vez mais informada a respeito das DSTs e que iniba a imprudência, para que vislumbremos um futuro em que o número de infecções por DSTs no Brasil só diminua, em vez de aumentar.