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Enviada em: 29/08/2017

A propagação das DSTs no Brasil ocorreu, em sua maioria, por conta das relações sexuais mantidas entre os nativos e estrangeiros na nova terra. A fim de atenuar a expansão dos patógenos, os avanços medicinais contribuíram para a criação de métodos contraceptivos.  Entretanto, o não diagnóstico da enfermidade e a negligência popular quanto ao sexo seguro, amortizam os benenfícios que poderiam surtir das novas tecnologias.       No ano de 2017, segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, o número de casos de infectados por DSTs no Brasil teve um aumento de 16,9 doentes por 100 mil habitantes, em dez anos. O crescimento ocorreu, majoritariamente, entre os jovens, na faixa etária de 15 a 24 anos, os quais alegam não se preocuparem com o uso de preservativos, assumindo o risco de contrair as doenças. Essa atitude está embasada no imaginário errôneo de que as DSTs já não mais circulam na sociedade e que o sexo inseguro não causa prejuízos.       Além da não utilização dos preservativos, outro fator que corrobora para o crescimento dos casos, é a falta de diagnóstico. O Ministério da Saúde estima que mais de 20% dos portadores de HIV no Brasil desconhecem ter a doença. Decerto, a falta de tratamento dessas pessoas aumenta as chances de que outras sejam contaminadas. Todavia, os testes realizados nos postos de saúde são rápidos e, no caso da sífilis, podem ter a análise finalizada em trinta minutos, indicando a agilidade nos métodos para reduzir essa faixa de ignorância.    Todo esse contexto exige medidas conscientes. Por isso, é imprescindível que o Ministério da Saúde financie campanhas publicitárias, para serem veículadas em outdoors, televisão e redes sociais, que evidenciem os reais riscos de contaminação por DSTs e incentivem a prática do sexo seguro. Ademais, ONGs de saúde pública devem, por meio de parceria com empresários, utilizar de unidades móveis, como vans, para realização de testes na porta de baladas e shows para identificar possíveis contaminados e encaminhá-los para o tratamento.