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Enviada em: 26/07/2017

No Brasil, o crescente aumento do número de casos de HIV e outras DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) vem deixando em estado de alerta os órgãos sanitários e a população de um modo geral. Sabe-se que os jovens são os mais afetados, porém fica evidente que não é falta de informação quanto ao uso de preservativos para se evitar essas doenças, uma vez que o governo lança campanhas de conscientização todo ano em datas festivas no país como é o caso do carnaval, além de que, as redes sociais facilita o acesso a noticia. Então, um questionamento é inevitável frente a este cenário: o que estaria levando tantas moças e rapazes a descartarem o uso da camisinha?                   Sabendo que mais de 50% dos jovens fazem sexo desprotegido por ano, é mesmo de se estranhar  que com tanta informação disponível isto ainda ocorra. Porém analisando o perfil dos jovens nas redes sociais, a busca por aceitação e por status levam a uma eufórica corrida por quem é mais popular na rede. Ignorar os riscos em busca do prazer pode ser um dos motivos para esse aumento, de modo que ficar com a garota mais bonita ou o cara mais "sarado" é mais interessante do que perder esta oportunidade por um medo que se acredita muito difícil de acontecer.                  Além disso conversas em família tem sido cada vez mais difíceis, seja por que os pais trabalham muito e não tem tempo para os filhos, seja por que o uso e smartphones tem atrapalhado ainda mais essa convivência, já que se perde mais tempo em conversas virtuais do que vivendo o momento em si. O exemplo e a orientação dos progenitores ainda é a melhor maneira de educar a juventude. Em entrevista recente a um jovem durante o carnaval sobre a não utilização da camisinha a resposta foi categórica "por que é ruim com camisinha", levando a crer que ainda existe uma desvalorização muito grande no que se refere ao uso do preservativo como meio de proteção à saúde.                     Outro ponto importante que não pode ser ignorado é a dificuldade de acesso quanto ao uso da camisinha feminina. Sabendo que as DSTs tornam o organismo mais vulnerável e tem relação direta com a mortalidade materna e infantil, fornecer e estimular a independência da mulher na escolha por um sexo protegido seria de grande valia para tentar reduzir esses números.                     Dado o que foi exposto, fica claro que não é falta de informação sobre que se deve utilizar o preservativo para evitar contrair HIV ou quaisquer outra DST mas sim que  esta informação está sendo desvalorizada principalmente por não se acreditar ser fácil adoecer. Desse modo, deve-se fazer de maneira  rigorosa uma exposição maior nas escolas e em casa sobre os verdadeiros males de se contrair doenças tão graves, alarmar os mais novos sobre o aumento dos casos, além de desmistificar o uso da camisinha como algo que vai atrapalhar o sexo e buscar a proteção como forma de prazer.