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Enviada em: 28/07/2017

Para Jhon Locke, filósofo inglês, a mente é como uma “tábula rasa”, e todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido através da experiência. De maneira análoga - na sociedade brasileira - manifestam-se feridas deixadas pelo grande número de infectados por DST (Doença Sexualmente Transmissível). Sob essa ótica, observa-se um cenário desafiador, seja pela ignorância da população, seja pela falta de investimento governamental.      O aumento do número de casos de HIV tem gerado preocupações às instituições de saúde no Brasil. Muitos especialistas da área já estão chamando de epidemia devido ao fato de não apenas essa, mas outras doenças como sífilis e gonorreia - ambas alocadas no grupo das DSTs - tenham apresentado crescimento. Embora o simples uso de preservativo possa prevenir a maioria dessas infecções, pesquisas demonstram que a população prefere se arriscar na hora do ato sexual. Segundo o Ministério da Saúde em 10 anos observou-se um aumento de 50% nos casos de sífilis. Dessa forma, infere-se que a falta de escrúpulo da população quanto a gravidade da problemática é um dos principais fatores para a progressão do número de vítimas.     Ademais, de acordo com o ginecologista e obstetra, Geraldo Duarte, o motivo do aumento da transmissão das DSTs se deve à falta de concientização. Nesse aspecto, o investimento governamental aplicado atualmente para o combate dessas doenças se torna insuficiente. Haja vista o caso da dengue, que outrora era o grande desafio da saúde brasileira, a adoção de medidas como campanhas de conscientização e agentes comunitários foi fundamental para amenizar a problemática. Sendo assim, é imprescindível a intervenção efetiva e imediata do governo, que, a todo custo, deve garantir a estabilidade da sociedade.     É preciso, portanto, que haja cooperação de ambos setores sociais diante da recente epidemia recorrente no Brasil, uma vez que a doença não escolhe gênero, cor ou classe. Logo, cabe à população ter o mínimo de consciência na hora da prática sexual, optando sempre pelo uso de preservativo. Já ao governo, é necessário maior foco no combate às DSTs, uma possível medida seria a criação de programas comunitários com ajuda da verba pública, que vão de porta em porta conversando com a sociedade a respeito das doenças. Alem disso, o Ministério da Saúde junto à mídia deve intensificar a propagação de mensagens de conscientização em propagandas e telejornais. Quem sabe assim, a crise das doenças sexualmente transmissíveis, no Brasil, se tornem meras lembranças que serão estudadas em futuros livros de história.