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Enviada em: 30/07/2017

O aumento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), nos últimos 5 anos, indica a falência das políticas públicas referentes a essas doenças. Isso se deve, em grande parte, á resistência da sociedade, em geral, em tratar de questões relacionadas a sexualidade, sendo essas consideradas "tabus". Por essa razão, torna-se imprescindível uma mudança na mentalidade do brasileiro para que a prevenção contra essas doenças ganhe respeito e atenção. Ao buscar alertar a população sobre os perigos das DST, as campanhas também discutem assuntos que ainda são alvo de preconceitos. Isso ocorre porque que é necessário a abordagem de temas como homossexualidade, adultério, prostituição, cujos valores carregam sentido negativo, advindos de costumes e ensinamentos religiosos que contribuíram para a formação de uma sociedade da qual a maioria demonstra ódio e desprezo em relação a esses tópicos pelo desconhecimento. Historicamente, o Brasil já demonstrou indícios da imposição de dogmas e doutrinação pela Igreja desde o seu descobrimento, demonstrando a existência de uma forte influencia dessa instituição sobre a sociedade.  Consequentemente, a veiculação de campanhas informativas para o combate das DST ainda possuem grande potencial inexplorado devido ao entrave causado pelas condutas morais. Isso é refletido pela falta de interesse de empresas, ou até mesmo de órgãos governamentais em patrocinar  propagandas sobre o assunto. O esclarecimento não só promoveria a conscientização do indivíduo, como também evitaria ações desprecavidas como a falta de uso de camisinhas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a diminuição da mortalidade causada por doenças como a AIDS, através da utilização de coquetéis antirretrovirais, criou uma sensação de segurança principalmente para os jovens que, a partir disso, vêem a camisa de vénus como desnecessária, sendo isso um dos principais motivos para o aumento dessas doenças. Portanto, busca-se mudar o comportamento do cidadão em relação as DST, visando a uma mais responsável. Para isso, deve-se enfatizar o ensinamento sobre doenças sexualmente transmissíveis , associando a sua prevenção ao uso de preservativos, nas escolas, pelo Ministério da Educação. Além do esclarecimento, a criação de campanhas educativas deve ser promovida através das mídias sociais, pelo Ministério da Saúde, a fim de reduzir o estigma das DST e, com isso, a desmoralização ocorrida com os portadores dessas doenças.