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Enviada em: 30/07/2017

Os seres humanos nascem dotados de aspectos biológicos que os diferem que os diferem e caracterizam suas vontades e desejos. Nesse contexto, é evidente o sexo como precursor de prazeres carnais e vetor de doenças sexualmente transmissíveis, o que contribui para o aumento da taxa de infectados por DST no Brasil. Isso ocorre não só pelo sexo ser considerado um tabu para a sociedade, mas também devido ao avanço da medicina e da indústria farmacêutica.   Segundo o filósofo Schopenhauer, os indivíduos agem em prol de suas vontades, com intuito de sanar seus prazeres como seres humanos. De fato, o ato sexual é uma das principais formas que as pessoas encontram para atingir seus desejos. Com efeito, o sexo é visto como tabu, criando uma discrepância social já que o sexo é a realidade de todas as classes e faixa etária existentes. À vista disso, jovens e adolescentes não possuem diálogos sobre esse tema com seus familiares, muitas vezes famílias tradicionais ou religiosas, o que instiga sua curiosidade e os levam para as ruas, a fim de desvendar esses mistérios. Como consequência, esses jovens e adolescentes estão expostos às doenças sexualmente transmissíveis, que por falta de diálogo acreditam não fazer parte de sua realidade e acabam não se prevenindo, aumentando significativamente a taxa de infectados por DST no país.   De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2014 e 2015 a sífilis adquirida teve um aumente de 32,7% de casos notificados. Tal afirmação sugere que há uma crescente banalização das doenças sexualmente transmissíveis pela sociedade. O avanço da medicina e da indústria farmacêutica proporcionou métodos contraceptivos e tratamentos paras as DST's, o que deveria reduzir o número de infectados e está tendo seus valores invertidos, contribuindo para a desvalorização dessas doenças. Seguindo esse parâmetro, os indivíduos estão cada vez menos preocupados com a contaminação, uma vez que possuem conhecimento sobre seu tratamento. É o que se observa com o uso de anticoncepcionais, que reduzem quase 100% o risco de gravidez, fazendo com que as pessoas não utilizem a camisinha como prevenção e se colocando em exposição às doenças. Tudo isso acarreta a persistência do crescimento da taxa de contaminados por DST no quadro de realidades brasileira.   Diante dos fatos mencionados, nota-se que se prevenir apenas contra a gravidez indesejada não é o suficiente para reduzir o rico com as DST's. Sendo assim, faz-se necessário que a OMS realize campanhas impactantes sobre as doenças, como exposição de imagens realistas nas mídias e redes sociais, a fim de mostrar o risco para a saúde que essas doenças possuem. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde fazer com que seja obrigatório a introdução desse tema dentro das instituições sociais, com intuito de romper esse tabu e paralelo a isso diminuir o déficit na Saúde pública brasileira.